Desde 17 de setembro, exatos 10 dias após o lançamento das versões do iPhone 14, vazamentos e reviews de sites especializados vêm dando conta de que a nova versão do smartphone da Apple apresenta uma série de problemas. Os bugs estariam muito mais relacionados ao sistema 16.0.1 do que especificamente aos hardwares.
Na primeira leva de relatos, foram identificados problemas de migração de dados, autorização e fotos com alcance. A Apple chegou a admitir falhas com o iMessage e o FaceTime. Em um novo documento vazado, a empresa informava que “o iMessage e o FaceTime podem não concluir a ativação no iPhone 14 e iPhone 14 Pro” e reconhece que questões técnicas ainda podem ocorrer, mesmo após a atualização para o iOS 16.0.1.
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Nos últimos dias, novas falhas apareceram. Os mais recentes afetam as chamadas telefônicas e a migração de dados do CarPlay, a Apple reconheceu dois bugs diferentes nestes dois casos. Primeiro, o CarPlay, onde os proprietários de todos os modelos do iPhone 14 estão relatando que a qualidade das chamadas telefônicas e os níveis de volume são extremamente ruins. O problema parece ser generalizado com o site MacRumors encontrando reclamações no Reddit , Twitter e na Comunidade de Suporte da Apple.
Ativação do eSIM
Outro problema apontado nos últimos dias e que envolve consumidores brasileiros é que alguns usuários do iPhone 14 estão com dificuldade para ativar o eSIM no Brasil. Os modelos em questão foram aqueles comprados nos Estados Unidos e que não possuem mais bandeja para cartões físicos de operadoras.
Prestes a ser vendido massivamente no Brasil, muitos dos consumidores estão se perguntando se é necessário temer os novos problemas do iPhone 14. Rivaldo Paiva, CEO da Base Mobile, startup pernambucana que está implantando o eSIM no setor educacional público, afirma que os problemas apontados até aqui não devem ser motivo de preocupação pelos consumidores.
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“Esse não é um problema exclusivo do iPhone 14 e sim uma questão setorial que ficou evidente com o seu lançamento, ao impulsionar o uso da tecnologia eSIM, revelando alguns déficits das operadoras nacionais. O chip Universal eSIM é uma tendência mundial que tem sido amplamente divulgada, agora com maior intensidade após a Apple optar pelo uso exclusivo do eSIM nos iPhones vendidos nos EUA”, explica Rivaldo.
Ainda de acordo com o especialista, hoje quase todas as operadoras mundiais atendem a essa tecnologia, inclusive as empresas brasileiras, mas que nesse segundo caso, enfrentam problemas estruturais e efêmeros. “O setor de telecom está passando por algumas mudanças de grande impacto, como a implantação do 5G e com a busca dos consumidores pelas linhas virtuais, cria-se uma nova demanda que necessita de mais velocidade nos processos, que são simples, mas que ainda não estão automatizados. Com as inúmeras mudanças que o mercado tem oferecido, as operadoras não estão conseguindo absorvê-las na mesma velocidade que surgem”