Alguns países da União Europeia querem que o plano bilionário de incentivo à produção de microprocessadores no bloco financie também a produção de chips atuais avançados e não apenas futuros semicondutores como proposto pela Comissão Europeia, de acordo com um documento do grupo de países visto pela Reuters.
Apresentado este ano, o European Chips Act da Comissão Europeia tem objetivo de reforçar a indústria de microprocessadores da UE e reduzir a sua dependência dos Estados Unidos e da Ásia, desencadeada pela crise global de escassez de suprimentos.
O órgão executivo da UE disse que os € 45 bilhões do plano são voltados apenas ao financiamento estatal de novas instalações de produção. A proposta precisa ser discutida com os países da UE e legisladores antes que possa tornar-se lei.
Diplomatas da UE dizem que alguns países, no entanto, querem ajuda estatal para a produção de chips atuais avançados usados por fabricantes de veículos.
A República Checa, que detém atualmente a presidência rotativa da União Europeia, chegou a um compromisso que poderia aplicar-se a uma gama mais ampla de chips subsidiados por governos, de acordo com o documento.
O documento diz que o critério de “instalação única” pode incluir inovação para melhorar o poder de computação ou o nível de segurança, proteção ou confiabilidade, ou em energia e desempenho ambiental.
Os embaixadores da UE podem chegar a acordo sobre uma posição comum no início dezembro, permitindo-lhes dar início às negociações com os legisladores do bloco para finalizar a legislação.