A Johnson & Johnson Consumer Health comemorou, no início de dezembro, em sua sede, na cidade de São José dos Campos (SP), os 50 anos da divisão global de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia. Para relembrar os avanços da área e o papel que ela desenvolve em termos de tecnologia e consumo, esteve no Brasil Caroline Tillet, que cuida da área globalmente. A executiva destacou a relevância do Brasil no contexto de inovação global.
À Forbes Brasil, Karina Ribeiro, responsável pela divisão de P&D na América Latina, comentou o papel do Brasil em um contexto mais amplo. “Nossa área de P&D, sem dúvida, tem um papel de extrema relevância e liderança para a empresa, não só no Brasil, mas globalmente. Afinal, aqui desenvolvemos tecnologias e produtos que são exportados para o mundo todo. Nosso negócio foi construído com base em inovações que se propõem a atender melhor os consumidores: eles elevaram o nível das categorias existentes – ou exigiram novas categorias. Por isso, nossa capacidade de inovar por meio da ciência continua sendo um dos principais pilares da empresa.”
Atualmente o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil, juntamente com cientistas localizados na Colômbia e no México, é responsável por todo o mercado latino-americano com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou adaptando produtos existentes à realidade dos consumidores locais. “Ao todo, são mais de 90 patentes brasileiras em várias categorias, de proteção solar a higiene bucal. Em 1984, por exemplo, posso destacar o lançamento do primeiro produto com material respirável da linha de higiene íntima, o Carefree Brisa, que foi um grande marco e produzido aqui no Brasil.”
“Ao longo desses 50 anos, passamos por inúmeros desafios e foi o protagonismo das pessoas que fazem nossa área que nos moveu para frente e para o caminho da evolução. Acredito que o cuidado que temos com os nossos consumidores continuará a ser a base da nossa forma de trabalhar, de pensar novas soluções e produtos no futuro”, destaca Karina.
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Ela reforça que “o que a área de P&D, assim como toda a nossa empresa tem feito, é utilizar a tecnologia e dados, com uma mentalidade digital em primeiro lugar, para atender às necessidades de nossos clientes e consumidores. Estamos trabalhando para, cada vez mais, sermos uma empresa centrada nos consumidores e nossos clientes, para que possamos cada vez mais operar em um mercado de trabalho volátil e em constante mudança, oferecendo recursos como dados, processos e tecnologia para melhorar e facilitar nossos objetivos de negócios.”
Em relação à interlocução da área com outras verticais da companhia, Karina reforça que é fundamental. “Traduz-se na nossa forma de enfrentar os desafios diários como One Team, ou seja, somos uma equipe única, em busca de um propósito comum. Um exemplo prático foi quando decidimos aproximar a ciência de nossos consumidores para ajudar a traduzir a ciência para a linguagem cotidiana. Esse movimento foi denominado ‘Não é achismo, é ciência’ e contou com o apoio de muitos cientistas no desenvolvimento de campanhas para Neutrogena. Ao desenvolver um produto, consideramos todo o impacto de seu ciclo de vida, desde o design, formulação e fabricação.”