A IBM e a Rapidus, fabricante de chips apoiada pelo governo japonês, anunciaram nesta terça-feira (13) uma parceria para fabricar os chips mais avançados do mundo até a segunda metade da década.
“Serão necessários vários trilhões de ienes” para colocar a produção piloto em funcionamento, disse o presidente da Rapidus, Atsuyoshi Koike, a jornalistas. Ele não disse de onde virá o dinheiro ou onde no Japão construirá uma fábrica.
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No mês passado, o Ministério da Indústria e Comércio do Japão disse que investiria 70 bilhões de ienes (US$ 500 milhões) na Rapidus, grupo liderado por empresas de tecnologia como Sony e NEC. Embora isso seja pequeno no setor de chips, em que fábricas podem custar dezenas de bilhões de dólares, fontes dizem que mais investimentos estão a caminho.
O diretor de pesquisa da IBM, Dario Gil, disse que as duas empresas trabalharão juntas para fabricar os chips de 2 nanômetros da IBM, lançados no ano passado.
Um nanômetro, ou um bilionésimo de metro, na indústria de chips, refere-se a uma tecnologia específica, e não à medida. Em geral, quanto menor o número que precede a palavra nanômetro, mais avançado é o microprocessador.
Questionado se o Japão poderia dar um salto para a fabricação de tecnologia quando sua fábrica mais avançada hoje produz um chip de 40 nanômetros, Gil disse: “Não é como se você estivesse começando do zero”.
Como parte do acordo, os cientistas e engenheiros da Rapidus trabalharão com a IBM Japão e pesquisadores da IBM no Albany NanoTech Complex, no estado norte-americano de Nova York.