O ecossistema de NFTs vive momentos desafiadores. Em 2022, as negociações começaram na casa de US$ 17 bilhões somente em janeiro. No mês de setembro, esse valor não passava de US$ 466 milhões. O levantamento da Bloomberg contabilizou uma queda de 97% neste período. Muito além da questão de negócios, existem outros desafios para o ecossistema relacionados à regulação, popularização e outros aspectos.
De acordo com Daniel Chor, fundador e CEO da [web/lock], a indústria está mais instável do que nunca e isso promove bastante incerteza na cabeça de investidores. “Vejo também que um framework regulatório é necessário na direção de NFTs e tokenização e isso pode ser muito bom ou muito ruim. As indústrias mais pesadamente reguladas, como real estate e o mercado financeiro são alvos de disrupções gigantescas a partir da tokenização.”
Leia mais: Negociações de NFTs caem 97% em 2022: para onde vai o setor?
“Os NFTs estão trazendo muitos usuários para web3 que não são crypto-natives, por tanto existe na minha visão uma certeza de aumento drástico de ataques de hackers a partir de “Engenharia Social. Cada vez mais será necessário integrar com o mundo físico, não somente no sentido de software mas no sentido de hardware. Com isso um intenso trabalho de integração terá que ser feito para quem trabalha na indústria – de softwares de catracas e softwares de base de dados a hardwares como RFIDs, QR Codes, e Microchips”, destaca Daniel.
Por fim, Daniel destaca as vantagens e desvantagens em relação a euforia em torno dessa tecnologia. “O fato do NFT ter se tornado a palavra do ano em 2021 foi muito bom e muito ruim. Como diz meu avô, não existe ativo sem passivo. O ativo foi que despertou o interesse das indústrias, das empresas, da sociedade. O passivo foi que as pessoas entenderam como arte digital. E muito mais que isso. Portanto, um grande desafio já agora no próximo ano será a educação da sociedade nesse sentido.”