A tecnologia foi fundamental para a evolução da nossa sociedade, mas também trouxe enormes desafios
A tecnologia nos aproximou de várias maneiras, expandindo noções de como podemos organizar nossas vidas e interagir com as pessoas de quem gostamos. Os aplicativos de namoro tornaram mais fácil conhecer novas pessoas. As redes sociais nos ajudam a ficar conectados ao longo do dia. No entanto, também surgiram comportamentos problemáticos, especialmente no contexto de relacionamentos amorosos. Aqui estão três sinais de que o uso da tecnologia pode estar azedando em vez de melhorar seus relacionamentos românticos.
#1. Phubbing
A pesquisa explica que ignorar seu parceiro por causa de seu smartphone (ou seja, desprezar o telefone) pode corroer o tecido de seu relacionamento. Um estudo publicado em Personality and Individual Differences chama o fenômeno de phubbing de ‘alérgeno social’ – um “comportamento incômodo de outras pessoas que aumenta a irritação como resultado da repetição e atribuições sobre eles”. Se não for resolvido, o phubbing pode levar a problemas maiores. Seu parceiro pode ficar hipersensivel, irritado ou enojado com sua verificação repetitiva do telefone.
É aconselhável cortar seu hábito de phubbing pela raiz. Manter limites saudáveis com seu smartphone, como definir uma regra de que os telefones vão para uma cesta sem toque depois das 20h, beneficia não apenas seu relacionamento, mas também sua saúde mental e física.
#2. Fantasmas
Ghosting é uma técnica popular de término de relacionamento sem confronto que envolve a retirada completa da comunicação de um membro do relacionamento. Embora aparentemente conveniente, a pesquisa adverte que o fantasma pode incorrer em grandes custos psicológicos tanto para o fantasma quanto para o fantasma.
De acordo com a psicóloga Katherine Holmes, da California Polytechnic State University, ser fantasma por alguém especial pode ter as seguintes consequências negativas para o fantasma:
Falta de fechamento. Em vez de aceitar ser fantasma, o fantasma procura respostas sobre por que o relacionamento foi “destinado ao fracasso” como uma forma de amenizar sua dor. Infelizmente, apresentar justificativas falsas pode prolongar a dor em vez de resolvê-la.
Confusão sobre responsabilidade . O fim abrupto e misterioso de um relacionamento causado por fantasmas pode levar à confusão sobre quem ou o que foi responsável por isso. Inevitavelmente, o fantasma pode se voltar para a autoculpa, causando exaustão mental e baixa autoimagem.
Evitando vulnerabilidades futuras. Talvez a consequência mais infeliz de ser fantasma seja desenvolver o instinto de evitar relacionamentos futuros. Essa estratégia de ‘autoproteção’ pode impedir que o fantasma forme conexões significativas no futuro.
#3. Vício em pornografia
Embora a exibição compartilhada ocasional de pornografia possa ser saudável para um casal, um excesso de indulgência ou vício em pornografia em um ou ambos os membros de um relacionamento é uma bandeira vermelha definitiva. De acordo com um estudo publicado na Frontiers in Psychology , o acesso ilimitado e o consumo não regulamentado de pornografia podem ter um efeito corrosivo em seu senso de identidade e em seu relacionamento.
De acordo com o psicólogo Stephen Sammut, nossa preferência por gratificação instantânea pode funcionar contra nós quando consumimos pornografia e pode levar a problemas como ansiedade e depressão.
As relações mudam com os tempos e as tecnologias. Cabe a nós examinar cuidadosamente essas mudanças para determinar quais queremos aceitar e quais seria melhor nos afastarmos.
*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.
