Acessibilidade

Getty Images

Apple AirTags podem ser úteis como um dispositivo de vigilância policial, de acordo com um mandado da DEA

Os rivais tecnológicos Apple e Google prometeram impedir o rastreamento indesejado por meio de dispositivos como AirTags. A dupla apresentou em conjunto uma proposta de especificação do setor para garantir que os dispositivos de rastreamento de localização Bluetooth sejam compatíveis com detecção de rastreamento não autorizado e alertas nas plataformas iOS e Android. A especificação já está recebendo suporte de outras empresas de tecnologia como Samsung, Tile, Chipolo, eufy Security e Pebblebee. A especificação liderada pela Apple e Google oferece as melhores práticas e instruções para fabricantes que optam por incorporar recursos de rastreamento em seus produtos.

O problema com AirTags

Os AirTags da Apple são úteis, mas muitas pessoas expressaram preocupação com os dispositivos usados para perseguição. Os dispositivos são muito fáceis de colocar na bolsa de alguém ou em um veículo – além disso, são minúsculos, muito difíceis de parar. O Washington Post escreveu, recentemente, um relatório que descobriu que AirTags poderiam fornecer a um perseguidor alertas precisos detalhando a localização de sua vítima.

A Apple está ciente do problema e introduziu uma tecnologia que ajuda a detectar se um AirTag está viajando com você. No ano passado, a Apple deu aos AirTags uma importante atualização anti-stalking para qualquer pessoa que usa o iOS 16.2 .

Leia também:

Uma abordagem uniforme entre todos os grandes players é “extremamente importante” quando os dispositivos de rastreamento são tão fáceis de abusar, diz Jake Moore, consultor global de segurança cibernética da ESET. “Esta próxima fase tornará os AirTags mais seguros para todos e para serem usados com confiança.”

Moore diz que a Apple “demorou muito para responder aos relatórios iniciais de AirTags sendo abusados para fins ilícitos” e aponta que, para um uso mais seguro dos dispositivos, o fabricante do iPhone precisou de ajuda do Google – para que os AirTags pudessem ser detectados por telefones Android e comprimidos.

Rastreadores Bluetooth criaram “enormes benefícios para o usuário”, mas também trazem o potencial de rastreamento indesejado, que requer ação em todo o setor para resolver, disse Dave Burke, vice-presidente de Engenharia para Android do Google, em um comunicado à imprensa .

A Apple e o Google obtiveram apoio de vários grupos de segurança e defesa que, segundo a dupla, serão integrados ao desenvolvimento da especificação.

A especificação foi submetida como um Rascunho da Internet por meio da organização de desenvolvimento de padrões, a Internet Engineering Task Force (IETF). A Apple e o Google convidaram as partes interessadas a revisar e comentar nos próximos três meses.

Depois disso, a Apple e o Google farão parceria para abordar o feedback. A dupla está planejando uma implementação de produção da especificação para alertas de rastreamento indesejados até o final de 2023, que será compatível com versões futuras do iOS e do Android.