Nos últimos meses, vimos “trends” que envolvem inteligência artificial ganharem destaque nas redes sociais, um exemplo disso foi o aplicativo Lensa, que a partir de uma única imagem enviada pelo usuário, gerava diversas imagens futuristas através da IA. O ChatGPT também é outro assunto que ganhou destaque em todo o mundo.
Mas a última grande tendência das redes sociais que envolve a IA é a tecnologia capaz de imitar voz e características de artistas. Muitos áudios que estão circulando na internet nos últimos dias, contém músicas cantadas por Taylor Swift e Ariana Grande mas que nunca foram gravadas pelas artistas.
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De “Envolver” da Anitta, sendo cantada pela Ariana Grande à Taylor Swift cantando “Leão” de Marília Mendonça, as chamadas de deepfakes musicais têm crescido online e agradado os fãs dos artistas que compartilham e começaram a gerar novas “faixas”, mas em contrapartida especialistas e artistas se questionam sobre o quão ruim essa “brincadeira” é para suas profissões.
Em alguns vídeos podemos ver Taylor Swift cantando a música “Roar” de Katy Perry e Michael Jackson cantando “Someone Like You” da britânica Adele, música lançada 2 anos após a morte do popstar.
@airesurrect Michael Jackson x Adele – Someone Like You, April 2023 (AI-Generated) #michaeljackson #Adele #duet #duetme #duo #acoustic #lyricsvideo #pourtoi #viral #foryou ♬ son original – AIResurrect
@stantwitterpop #fyp #parati #taylorswift #therastour #swifties #roar #ai #midnights ♬ sonido original – stantwitterpop
O desafio da deepfake musical
Por mais divertido que seja ver seu ídolo cantando músicas inéditas, as deepfakes musicais podem ser usadas para manipular áudios e conversas. Anitta foi uma das vítimas. No início de abril, começaram a surgir trechos de uma suposta entrevista, onde a cantora afirmava que lançaria músicas em inglês e que seria diferente de tudo que o mercado norte-americano já ouviu. Não demorou muito e diversos perfis já estavam compartilhando a notícia, e o trecho se tornou muito popular online.
Pouco tempo depois, Anitta veio ao público através de seu Twitter oficial e afirmou que a entrevista não era verdadeira e que o conteúdo dela foi gerado por IA. O uso das deepfakes musicais não está restrito aos grandes artistas, criminosos estão usando a tecnologia para conseguir enganar familiares, se passando por alguém conhecido para extorquir dinheiro da família. Segundo dados da Federal Trade Commission, este tipo de golpe foi o mais popular nos EUA, com mais de 30 mil relatos de pessoas afirmando terem sido enganadas por outras que fingem ser amigos ou familiares.
Veja o Top 10 completo dos artistas mais bem pagos de 2022
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA 1. Gênesis
US$ 230 milhões (R$ 1,2 bilhão)
Os pioneiros do rock progressivo chegaram ao topo de 2022 com uma venda de direitos musicais de US$ 300 milhões (R$ 1,56 bilhão) para o Concord Music Group, em setembro. O acordo envolvia os direitos de publicação e uma seleção de receitas musicais gravadas do grupo, bem como receitas solo de Phil Collins (incluindo o hit “In The Air Tonight”) e dos companheiros de banda Tony Banks e Mike Rutherford. Os royalties da música gravada e em turnê completavam sua receita.
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA 2. Sting
US$ 210 milhões (R$ 1,09 bilhão)
O 17 vezes vencedor do Grammy e ex-vocalista do The Police – conhecido por sucessos como “Every Breath You Take” e “Roxanne” – embolsou US$ 300 milhões (R$ 1,56 bilhão) antes das taxas vendendo toda a sua produção musical, tanto solo quanto com o The Police, para o Universal Music Group, em fevereiro de 2022. “É um bom catálogo”, diz um antigo advogado da indústria sobre o trabalho do cantor britânico. “Não me importaria de possuí-lo.”
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA 3. Tyler Perry
US$ 175 milhões (R$ 912,55 milhões)
Basta chamar o multi-hifenizado Perry de homem renascentista moderno. O ator-diretor-roteirista-superrico de estúdio teve outro ano lucrativo graças aos fluxos de renda simultâneos de filmes, programas de TV e o amplo backlot (espaço para construção temporária de cenários) de produção que ele possui em Atlanta. Em seu segundo ano entre os dez artistas mais bem pagos da Forbes, Perry é o único bilionário da lista com uma fortuna estimada em US$ 1 bilhão (R$ 5,20 bilhões).
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA 4. Trey Parker e Matt Stone
US$ 160 milhões (R$ 834,34 milhões)
A dupla diabólica por trás de South Park teve outro ano marcante, graças aos ganhos de um acordo herdado da HBO Max e do Livro de Mórmon, seu musical cômico da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. A maior parte vem do contrato com a Paramount, assinado em 2021 e garantindo à dupla US$ 935 milhões (R$ 4,87 bilhões) em seis anos.
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA 5. James L. Brooks e Matt Groening
US$ 105 milhões (R$ 547,53 milhões)
A família de desenho animado amarela favorita da América, Os Simpsons, migrou todas as 30 temporadas da FX para o Disney+ em um acordo de streaming firmado em abril de 2019, após a aquisição anterior da Fox pela Disney por cerca de US$ 52 bilhões (R$ 271 bilhões). Os co-criadores da série, Brooks e Groening, ganharam US$ 105 milhões anualmente após taxas, segundo fontes familiarizadas com o negócio.
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA 6. Brad Pitt
US$ 100 milhões (R$ 521,46 milhões)
A venda majoritária de Pitt de sua produtora Plan B em dezembro rendeu ao ator cerca de US$ 113 milhões (R$ 589,25 milhões) após taxas. O acordo também gerou comentários de Hollywood. “Definitivamente se tornou uma marca”, diz um advogado, acrescentando que a Plan B, além de produzir os vencedores do Oscar Moonlight, 12 Anos de Escravidão e Os infiltrados, de Martin Scorsese, provavelmente possui back-ends e tem uma lista de desenvolvimento que aumentaria seu valor. “Na verdade, ela não tem ativos”, diz um segundo advogado, ressaltando que a empresa simplesmente produz projetos, em vez de possuí-los. Pitt ganhou cerca de US$ 30 milhões (R$ 156,44 milhões) adicionais com papéis em Trem Bala, Babilônia e Cidade Perdida.
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA 7. Rolling Stones
US$ 98 milhões (R$ 511 milhões)
Se Mick Jagger, Keith Richards e companhia “não conseguem (não) satisfação” (I can’t get no satisfaction) com uma turnê de US$ 136 milhões (R$ 709,19 milhões) e royalties de discos, então talvez eles devam pintar seus cofres de preto. Os roqueiros britânicos originais embolsaram mais de US$ 8,5 milhões (R$ 44,32 milhões) por noite em uma turnê de 15 cidades pela Europa no verão passado, conforme o rastreador de shows Pollstar.
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA 8. James Cameron
US$ 95 milhões (R$ 495,39 milhões)
Sua carteira vai continuar: o sucesso estrondoso de Avatar: O Caminho da Água fez de Cameron o diretor de três dos filmes de maior bilheteria de todos os tempos, ao lado do primeiro Avatar (2009) e Titanic (1997). Sua segunda passagem por Pandora rendeu a ele pelo menos US$ 95 milhões, segundo especialistas do setor, em um acordo que dizem ser pesado com bônus por ultrapassar certos limites de bilheteria.
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA 9. Taylor Swift
US$ 92 milhões (R$ 479,74 milhões)
Fluxos de receita combinados de vendas de discos físicos, streaming em plataformas como Spotify, downloads digitais, licenciamento e sincronização compõem os ganhos de Swift. Isso levanta a questão: o que a superestrela de 33 anos (e sua base de fãs leais, os Swifties) não pode realizar? Bater na Ticketmaster com uma demanda insana por sua turnê Eras, em novembro de 2022, sugere um 2023 ainda maior para ela, já que a cantora estará na estrada por 52 noites nos Estados Unidos com um potencial pagamento de 9 dígitos como resultado.
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA 10. Bad Bunny
US$ 88 milhões (R$ 458,88 milhões)
O rapper porto-riquenho, mais conhecido por combinar reggaeton (uma mistura de reggae caribenho e rap do continente) com armadilha latina (um subgênero do hip hop com raízes no sul dos EUA) encantou milhões em todo o mundo enquanto voava em turnê, apareceu ao lado de Brad Pitt em Trem Bala, e desafiou o machismo com estilo de gênero fluido. A maior parte de sua renda veio de duas turnês: El Último Tour Del Mundo, realizada em arenas, e The World’s Hottest Tour, sua primeira vez nos maiores estádios. Patrocínios de nomes como Corona, Cheetos e Adidas foram a cereja no topo do bolo.
1. Gênesis
US$ 230 milhões (R$ 1,2 bilhão)
Os pioneiros do rock progressivo chegaram ao topo de 2022 com uma venda de direitos musicais de US$ 300 milhões (R$ 1,56 bilhão) para o Concord Music Group, em setembro. O acordo envolvia os direitos de publicação e uma seleção de receitas musicais gravadas do grupo, bem como receitas solo de Phil Collins (incluindo o hit “In The Air Tonight”) e dos companheiros de banda Tony Banks e Mike Rutherford. Os royalties da música gravada e em turnê completavam sua receita.