O governo holandês anunciou nesta sexta-feira (30) novas regras que restringem as exportações de certos equipamentos avançados de semicondutores, uma medida que ocorre em meio à pressão dos Estados Unidos sobre seus aliados para reduzir as vendas de componentes de alta tecnologia para a China.
“Demos esse passo no interesse de nossa segurança nacional”, disse a ministra do Comércio, Liesje Schreinemacher, acrescentando que os equipamentos podem ter aplicações militares.
Schreinemacher acrescentou, sem citar a China, que apenas um número “muito limitado” de empresas e produtos serão afetados.
A ASML, empresa holandesa que é uma importante fornecedora de equipamentos para fabricantes de chips de computador, disse que não mudará sua orientação financeira como resultado das novas regras.
As medidas, que exigirão que as empresas que produzem equipamentos avançados de fabricação de chips obtenham uma licença antes de poderem exportá-los, deverão entrar em vigor em 1º de setembro.
A ASML, a maior empresa de tecnologia da Europa, repetiu uma declaração de março indicando que a seção superior de modelos de seu segundo sistema de litografia “DUV” mais avançado, usado para ajudar a imprimir os circuitos de chips, precisará de licenças.
A empresa nomeou seus modelos da série 2000 como “subsequentes” e disse não esperar que as regras tenham um impacto material em suas previsões financeiras. As máquinas EUV mais avançadas da companhia nunca foram enviadas para a China.
A ASM International, que fabrica ferramentas de deposição de camada atômica, disse que não espera uma mudança significativa em suas previsões como resultado das regras holandesas, que também discutem essa tecnologia.
Schreinemacher disse esperar cerca de 20 pedidos de licença anualmente, representando uma “parte limitada do portfólio total de produtos das empresas que se enquadram nessa regra”.