Em seu primeiro dia de operação, a nova rede social Threads da Meta – uma resposta ao Twitter – já atraiu grandes celebridades, de Oprah Winfrey ao governador Gavin Newsom, dos Kardasians a Tom Brady, embora alguns grandes nomes tenham permanecido fora do aplicativo.
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou na manhã desta quarta-feira (4) que o Threads já havia conquistado 30 milhões de usuários, menos de 24 horas depois que os usuários do Instagram, de propriedade da Meta, começaram a abrir suas contas.
Essas inscrições incluem grandes nomes como Winfrey, Kim, Kourtney e Khloe Kardashian, Kylie Jenner, Newsom, Brady, Dalai Lama, Jennifer Lopez, Shakira, Gordon Ramsay, Michael Strahan e Ellen DeGeneres.
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Grandes marcas corporativas também se inscreveram, incluindo Netflix, NBA, WNBA, Microsoft, McDonald’s, HGTV, PlayStation, Wimbledon, Ford, Charles Schwab, BBC e Def Jam Recordings.
Quatro das 15 pessoas mais ricas do mundo, de acordo com as estimativas da Forbes, se inscreveram no serviço com contas verificadas, incluindo Zuckerberg, Jeff Bezos, Bill Gates e Michael Bloomberg – outros bilionários famosos como Mark Cuban e Richard Branson também já estão na rede. A pessoa mais rica do mundo – Elon Musk – não se inscreveu no Threads, e é improvável que o faça, já que ele é dono do principal concorrente do site, o Twitter.
No entanto, dos 20 usuários mais seguidos (excluindo contas de marcas) no Instagram, ao qual o Threads está conectado, apenas seis – Jennifer Lopez, Miley Cyrus, Kylie Jenner, Kim, Kourtney e Khloe Kardashian – se inscreveram, saindo do top três do aplicativo os usuários – Christiano Ronaldo, Lionel Messi e Selena Gomez – até agora fora do Threads, de acordo com a empresa de rastreamento SocialBlade.
O Threads também não conseguiu atrair, ainda, nenhum dos 10 usuários mais seguidos do Twitter, incluindo Ronaldo, Barack Obama, Taylor Swift e Narendra Modi.
O que acontece na nova rede de Zuckerberg
Como o aplicativo está no ar há dois dias, a maioria dessas celebridades, políticos e figuras públicas postou muito pouco. Resta saber se eles permanecerão ativos somente no Twitter ou continuarão postando de forma consistente no Threads.
“O começo foi muito especial, mas temos um grande trabalho pela frente para desenvolver o aplicativo”, disse Zuckerberg em um post no Threads na manhã de quarta-feira.
A Meta lançou o Threads após um anúncio surpresa nesse dia. Zuckerberg deixou claro que o aplicativo é uma tentativa explícita de dominar o mercado há muito dominado pelo Twitter. “Acho que deveria haver um aplicativo de conversas públicas com mais de 1 bilhão de pessoas”, escreveu ele em um post para o novo aplicativo. “O Twitter teve a oportunidade de fazer isso, mas não acertou em cheio. Agora, espero que isso ocorra.”
O Threads compartilha um formato semelhante ao Twitter com algumas pequenas diferenças. O lançamento da plataforma ocorre em um momento difícil para o Twitter, que foi comprado por Musk em outubro. Sob a controversa liderança de Musk, a empresa caiu para um valor de US$ 15 bilhões em maio (R$ 73,80 bilhões na cotação atual), segundo a Fidelity, cerca de um terço dos US$ 44 bilhões (R$ 216,5 bilhões) que ele pagou por rede.
Entre as decisões controversas tomadas desde o início da compra de Musk, a plataforma implementou recentemente um limite temporário para o número de tweets que um usuário pode ver em um dia, uma medida que se mostrou impopular entre os usuários. O Twitter também sofreu grandes interrupções e demissões em massa desde que Musk assumiu.
Hoje, a Forbes estima que a fortuna de Zuckerberg valha US$ 104,3 bilhões (R$ 513,2 bilhões), tornando-o a oitava pessoa mais rica do mundo. Enquanto isso, a estimativa para a fortuna de Musk é de US$ 247,9 bilhões (R$ 1,219 trilhão), tornando-o a pessoa mais rica do mundo.