Viagens espaciais envolvem estresses mentais, emocionais e físicos significativos, muitos dos quais podem se tornar proibitivos para a maioria da população. Felizmente, o rápido avanço das ciências espaciais nas últimas décadas promoveu significativamente a pesquisa médica que examina o impacto das viagens extraterrestres na fisiologia humana.
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À medida que a demanda tanto para a pesquisa quanto para o turismo do espaço aumenta, mais ênfase está sendo colocada em como os seres humanos podem viajar com sucesso em “condições cósmicas” e, talvez um dia, promover uma vida sustentável por períodos prolongados fora da Terra.
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Um artigo inovador publicado na revista Cells em dezembro de 2022 explica as numerosas mudanças que o corpo humano sofre durante as viagens espaciais. Por exemplo, devido aos efeitos da microgravidade, o sistema cardiovascular reduz o volume sanguíneo circulatório, a pressão sanguínea diastólica e a contratilidade cardíaca.
Outro exemplo é o sistema gastrointestinal. Estudos descobriram que a exposição à radiação gama, comumente encontrada em voos espaciais de longa duração, é um fator de risco para o câncer colorretal. Os sistemas imunológicos e neurovasculares também foram encontrados relativamente comprometidos em astronautas ao retornarem à Terra. A lista é interminável.
Esta é uma das principais razões pelas quais os pré-requisitos para viagens espaciais são incrivelmente complexos e os astronautas frequentemente têm que passar por um rigoroso treinamento.
Esses programas para astronautas incluem alguns dos critérios de seleção mais competitivos globalmente. Apenas 6 anos atrás, quando houve uma busca pela próxima turma de astronautas da Nasa, quase 18.000 pessoas se inscreveram para aproximadamente 12 vagas — indicando uma taxa de aceitação de -0,0007%.
E por incrível que pareça, ser selecionado é a parte fácil. Uma vez que a aceitação é finalizada, os astronautas devem passar por programas de treinamento rigorosos por anos, muitas vezes envolvendo exercícios e testes físicos, mentais e emocionais intensos.
Exemplos incluem treinamento de sobrevivência na água, exposição prolongada à microgravidade para acostumar o corpo, simulações de voo complexas e treinamento de resposta tática, e numerosos exercícios e tarefas de construção de equipe.
Embora o currículo formal de treinamento de astronautas tenha sido prevalente por décadas desde o início do programa espacial dos Estados Unidos, um novo desafio surgiu com o crescimento do interesse no turismo espacial para civis.
Relatórios indicam que o mercado de turismo espacial deverá atingir quase US$ 5,19 bilhões em valor até 2034. No entanto, padrões e protocolos para turistas que visitarão o espaço ainda não foram estabelecidos. Órgãos independentes terão que determinar se os civis terão que passar por tipos semelhantes de programas de treinamento rigorosos — e, se sim, quais serão os critérios de seleção para a viagem.
Especialmente à medida que a indústria de turismo espacial continua a proliferar no setor privado, os níveis apropriados de verificações e equilíbrios necessários terão que ser estabelecidos.
No entanto, a sociedade tem sido afortunada em testemunhar feitos incríveis tanto em viagens espaciais em geral quanto na pesquisa médica e nos avanços para apoiá-las. Certamente, isso continuará sendo um campo emergente nas próximas décadas.