O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, disse nesta terça-feira (9) que seu país investirá 9,4 trilhões de wons (US$ 6,94 bilhões ou R$ 34,9 bilhões) em inteligência artificial até 2027, como parte de esforços para manter uma posição de liderança global em chips de ponta.
O anúncio, que também inclui um fundo separado de 1,4 trilhão de wons para promover empresas de semicondutores voltados para aplicações de IA, ocorre no momento em que a Coreia do Sul tenta se manter a par de países como Estados Unidos, China e Japão, que também estão dando apoio político maciço para fortalecer suas cadeias de produtores de chips.
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Os semicondutores são um alicerce fundamental da economia sul-coreana voltada para a exportação. Em março, as exportações de chips atingiram o valor mais alto em 21 meses, chegando a US$ 11,7 bilhões, ou quase um quinto do total de exportações da quarta maior economia da Ásia.
“A atual concorrência no setor de semicondutores é uma guerra industrial e uma guerra total entre nações”, disse Yoon em uma reunião de formuladores de políticas e executivos do setor de chips nesta terça-feira.
Ao destinar investimentos e um fundo, a Coreia do Sul planeja expandir significativamente a pesquisa e o desenvolvimento de chips de IA, como unidades de processamento neural artificial (NPUs) e chips de memória de alta largura de banda de última geração, informou o governo em um comunicado.
As autoridades sul-coreanas também promoverão o desenvolvimento de inteligência geral artificial (AGI) de próxima geração e tecnologias de segurança que vão além dos modelos existentes.
Yoon estabeleceu uma meta para que a Coreia do Sul se torne um dos três principais países em tecnologia de IA, incluindo chips, e tenha uma participação de 10% ou mais no mercado global de semicondutores de sistema até 2030.
“Assim como dominamos o mundo com chips de memória nos últimos 30 anos, escreveremos um novo capítulo de semicondutores com chips de IA nos próximos 30 anos”, disse Yoon.
Yoon também observou que o impacto do recente terremoto em Taiwan, líder mundial em semicondutores, sobre as empresas sul-coreanas era limitado até o momento, mas ordenou uma preparação completa em caso de incertezas.