Na tarde desta terça-feira (23), Mark Zuckerberg, CEO e fundador da Meta, empresa controladora do Facebook, WhatsApp, Instagram e Threads, anunciou em seu perfil oficial no Instagram novidades para a ferramenta de IA da empresa, que será alimentada por um modelo de linguagem mais avançado, o Llama 3.1, e estará disponível pela primeira vez na América Latina. Entre os países escolhidos estão: Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru.
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Por que o Brasil ficou de fora?
O Brasil ficou de fora da lista após problemas com a justiça brasileira no início de julho, quando a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão responsável por monitorar a aplicação e gestão de dados no Brasil, suspendeu, em ação inédita, a política de privacidade da Meta — permitia o uso de dados pessoais para treinar sistemas de inteligência artificial generativa.
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“Devido a incertezas regulatórias locais, a IA da Meta ainda não estará disponível no Brasil. Continuaremos trabalhando em colaboração com as autoridades locais competentes para que o Brasil tenha acesso – e seja devidamente atendido – pelo mesmo nível de inovação em IA que estamos levando a outros países, inclusive na América Latina”, diz o comunicado de divulgação da Big Tech.
Em entrevista à Forbes Brasil, especialistas comentaram o caso. “A ANPD criticou a falta de transparência da Meta, a limitação dos direitos dos titulares e o risco para crianças e adolescentes”, explicou Antonielle Freitas, DPO (Data Protection Officer) do escritório Viseu Advogados.
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Marcelo Cárgano, advogado especialista em direito digital do escritório Abe Advogados, complementou: “Para a LGPD, não basta que a empresa não cause riscos, é necessário demonstrar que houve um preparou proativo para assegurar que o tratamento de dados será realizado com o máximo cuidado.”