Em 27 de junho, o asteroide 2011 UL21 (também conhecido como 415029) passou pela Terra a uma distância de 6,6 milhões de quilômetros. O corpo celeste com 1,5 quilômetro de diâmetro foi descoberto em 2011 pelo Catalina Sky Survey, instituto financiado pela Nasa, em Tucson, Arizona.
A agência espacial divulgou uma imagem espetacular do asteroide — um dos maiores a passar perto da Terra nos últimos anos. E, para surpresa dos cientistas, as ondas de rádio também revelaram uma lua em sua órbita.
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Sem ameaça
As imagens foram captadas pela antena de radar do Sistema Solar Goldstone, de 70 metros de largura, perto de Barstow, Califórnia, parte crucial da Rede de Espaço Profundo da Nasa.
Cientistas usaram a ferramenta para enviar ondas de rádio ao asteroide e receberam os sinais refletidos, revelando a forma esférica do objeto espacial e sua “pequena lua”.
Além disso, cálculos do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, no sul da Califórnia, mostram que ele não representará uma ameaça ao nosso planeta no futuro.
Sistema binário
“Acredita-se que cerca de dois terços dos asteroides desse tamanho sejam sistemas binários, e sua descoberta é particularmente importante porque podemos usar medições de suas posições relativas para estimar suas órbitas mútuas, massas e densidades, que fornecem informações chave sobre como eles podem ter se formado”, disse Lance Benner, cientista principal do JPL, que esteve envolvido nas observações.
O 2011 UL21 foi um dos 10 maiores asteroides a passar dentro de 7,5 milhões de quilômetros da Terra nos últimos 124 anos, de acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.
Segundo asteroide
Durante as mesmas observações, a Nasa também capturou outro asteroide, o 2024 MK, descoberto em 16 de junho. Ele passou a meros 295 mil quilômetros da Terra — apenas 75% da distância entre a Terra e a Lua.
As imagens de radar do 2024 MK revelaram a superfície do asteroide, incluindo concavidades, cristas e rochas com cerca de 10 metros de largura.
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Aproximações como a do 2024 MK ocorrem apenas uma vez a cada duas décadas. “Esta foi uma oportunidade extraordinária para investigar as propriedades físicas e obter imagens detalhadas de um asteroide próximo à Terra”, disse Benner.