Neste domingo, 13 de outubro, Alex Proyas, diretor do filme “Eu, Robô”, publicou em seu perfil oficial no X (antigo Twitter) uma mensagem direcionada ao bilionário Elon Musk: “Ei, Elon, posso receber meus designs de volta, por favor?”
A publicação foi feita três dias após a divulgação dos novos produtos da Tesla, com destaque para o robotáxi Cybercab e o robô humanoide Optimus.
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Confira o post original:
Hey Elon, Can I have my designs back please? #ElonMusk #Elon_Musk pic.twitter.com/WPgxHevr6E
— Alex Proyas (@alex_proyas) October 13, 2024
Durante o evento, batizado de “We Robot”, Elon Musk perdeu cerca de US$ 11 bilhões. A decepção dos investidores pode estar relacionada com as promessas do bilionário e as expectativas frustradas.
O Optimus possui um custo inicial estimado entre US$ 20 mil e US$ 30 mil. “Com cerca de 1,73 metros de altura e um peso de 57 kg, com movimentos ágeis, é capaz de levantar até 30 kg, caminhar a uma velocidade de até 8 km/h, e possui uma série de articulações que permitem movimentos precisos, reconhecimento de objetos e interação com o ambiente”, descreve Gil Giardelli, Especialista em Futuros e Cofundador da 5 ERA, empresa especializada em tecnologias emergentes.
Inovação ou mais um show de ficção?
O bilionário Elon Musk apresentou o novo Optimus em um show com direito a outros novos produtos e muita repercussão. De acordo com Giselle Santos, consultora de inovação, vale lembrar que é importante ter um olhar crítico sobre o que de fato existe de avanço na tecnologia. Em 2021, Musk apresentou, em um de seus eventos, uma pessoa vestida de Optimus como forma de dar uma ideia do que o robô poderia fazer, no entanto, a ação foi duramente criticada.
“Elon não daria esse mole de colocar uma pessoa fantasiada novamente. Houve sim uma evolução, tanto que podemos agora dizer que já temos um robô de verdade. No entanto, a questão da autonomia ainda levanta dúvidas. É improvável que o Optimus seja totalmente autônomo neste estágio. Houve progresso na agilidade e no refinamento do design, mas ainda é preciso muita cautela para cravar que a autonomia completa foi atingida. Esses robôs dependem de bastante suporte humano para funcionar, como ficou evidente com os ‘minders’ que controlaram remotamente o Optimus no evento.”