O projeto World, criado por Alex Blania e Sam Altman, vai suspender as suas operações no Brasil. A decisão foi anunciada pela Tools for Humanity (TFH), empresa responsável pela iniciativa, após a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) negar um recurso que pedia o adiamento da determinação de fim dos “incentivos financeiros” para o registro de íris por usuários brasileiros.
“Os espaços físicos da World permanecerão abertos para fornecer educação e informações ao público e pedimos desculpas por qualquer inconveniente aos que desejavam se juntar à World agora”, diz o comunicado da empresa.
A ANPD determinou que a TFH suspendesse a oferta de criptomoedas ou qualquer compensação financeira pela coleta de íris no Brasil por ferir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “Oferecer incentivos financeiros pode comprometer o consentimento livre e informado dos indivíduos.”
A agência também pontuou que a prática pode influenciar a decisão dos indivíduos, especialmente em casos de vulnerabilidade econômica.
O Que a World Faz?
O objetivo do projeto World é criar uma identidade digital que garanta que o cidadão em questão é um ser humano. Para isso, a empresa realiza a coleta de dados biométricos através da leitura da íris das pessoas.
A coleta da íris era realizada por meio de um dispositivo chamado Orb, que tira fotos de alta resolução da íris. Essas imagens são convertidas em códigos anonimizados e encriptados, garantindo que os dados pessoais permaneçam sob o controle do usuário.
Segundo Damien Kieran, Chief Privacy Officer da TFH, o objetivo do projeto não é verificar a identidade das pessoas, mas sim a sua humanidade. A ideia é criar uma forma de diferenciar humanos de IAs, garantindo mais segurança e confiança nas transações digitais.
