A China liberou 2 milhões de toneladas de arroz de suas reservas estatais para venda a produtores de ração na última semana, visando impulsionar o suprimento de grãos utilizados na produção de ração em meio aos elevados preços do milho, disseram três fontes próximas do assunto.
Os preços do milho atingiram máximas recorde na China mais cedo neste ano, em meio à redução dos estoques e à menor produção, que levantaram preocupação quanto à oferta.
VEJA TAMBÉM: Crescimento da indústria da China caiu com ritmo lento em março, mostra PMI do Caixin
A China vendeu entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de toneladas de arroz para uso em ração na última quarta-feira (31), o que representou cerca de 70% do volume colocado à venda no dia, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.
Esse arroz foi vendido por empresas estatais diretamente a produtores de ração, em operação separada de vendas de arroz das reservas estatais por meio de leilões regulares voltados ao mercado em geral.
“Haverá mais leilões desses. O governo continuará liberando (arroz e trigo) até que os preços do milho fiquem sob controle”, disse uma das fontes.
O governo também já havia vendido arroz para uso em ração por meio de leilões privados no final do ano passado, disse a fonte, após um plano do governo de liberar uso de trigo e arroz como forma de conter os preços do milho.
A China já vendeu perto de 5 milhões de toneladas de arroz de suas reservas neste ano, em leilões regulares e públicos, e parte disso foi para o mercado de ração, disse o chefe da divisão de gestão de reservas do órgão estatal de administração de estoques de alimentos, Qin Yuyun.
Até o momento neste ano, o governo vem leiloando cerca de 4 milhões de toneladas de trigo e 1,6 milhão de toneladas de arroz por semana de suas reservas. O volume de trigo já vendido atingiu 25 milhões de toneladas, disse Qin a jornalistas na sexta-feira.
“Parte do trigo e do arroz é usado em ração, o que não tem nenhum impacto em nossa segurança alimentar”, disse Qin.
“Os estoques de trigo e arroz estão ambos em níveis historicamente elevados e podem atender mais de um ano de demanda de consumo”.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.