A Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia descobriu nove variantes novas e mais agressivas do fundo que causa a ferrugem do café, informou ontem (29) a entidade, que solicitou a produtores o plantio de variedades resistentes para que o avanço da doença seja evitado.
A Colômbia, maior produtora global de arábica lavado, possui 855 mil hectares cultivados com café, e cerca de 500 mil famílias dependem dessa atividade.
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Desde 1983, quando a ferrugem foi detectada no país sul-americano, o Cenicafé (Centro Nacional de Pesquisas de Café), braço científico da federação de produtores, identificou 22 variantes do fungo.
“Peço que os cafeicultores estabeleçam ou renovem seus cultivos com variedades resistentes, com material obtido a partir de sementes certificadas”, disse em nota o gerente geral da federação, Roberto Vélez.
A ferrugem é uma doença causada pelo fungo Hemileia vastatrix, que ataca especificamente as folhas do café e arruina os cultivos.
O diretor do Cenicafé, Álvaro Gaitán, afirmou que as condições climáticas e de altitude na Colômbia são favoráveis à ferrugem, principal doença das lavouras de café do mundo e comum a todos os países produtores, que causa perdas de 30% a 80% nas variedades suscetíveis quando um manejo adequado e oportuno não é realizado.
Atualmente, pouco mais de 84% da área de café da Colômbia foi plantada com variedades resistentes. Mas 16% ainda são de variedades suscetíveis à ferrugem. (Com Reuters)
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