O vice-presidente Hamilton Mourão, coordenador do Conselho Nacional da Amazônia, afirmou hoje (16) que o Brasil precisa reduzir o desmatamento entre 15% e 20% ao ano, em relação aos números registrados entre 2019 e 2020, para alcançar a meta de zerar o desmatamento ilegal até 2030.
“Hoje temos uma faixa de 10 a 11 mil km² de desmatamento por ano. Dez por cento disso é legal e o restante seria ilegal. Então nossa visão é que temos daqui até o final da década que reduzir de 15% a 20% por ano em relação ao desmatamento ocorrido no período de 2019 e 2020”, disse Mourão em entrevista à “rádio Gaúcha”.
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A meta foi apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro esta semana, em uma carta enviada ao presidente norte-americano, Joe Biden, em meio a negociações em que o governo brasileira tenta obter recursos dos Estados Unidos para apoio a medidas para reduzir o desmatamento.
Mais cedo, em conversa com jornalistas na sua chegada ao Palácio do Planalto, o vice-presidente disse ainda que estão sendo feitos estudos para uma eventual manutenção das Forças Armadas em operações de vigilância na Amazônia e que isso pode ser necessário para atingir a meta planejada pelo governo para 2030.
“A minha visão é que nós temos que chegar a julho com no mínimo 15% de queda no desmatamento. Então, se eu não vou conseguir cumprir essa meta, eu tenho que intensificar as ações”, disse Mourão a jornalistas.
A decisão ainda não foi tomada mas, caso seja, Mourão diz que as forças podem ser acionadas rapidamente.
“Tem estudo para isso caso a gente sinta que precisa reforçar as ações, a gente solicita ao presidente para prorrogar”, disse.
A operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) Verde Brasil 2 terminou este mês.
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Ainda na entrevista à “rádio Gaúcha”, Mourão foi perguntado sobre o discurso do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que seria contrário ao que defende Mourão, de punições mais duras a desmatadores, Mourão afirmou ser o responsável pelas metas de redução de desmatamento.
“A responsabilidade pela aplicação (do plano contra desmatamento) é minha. É uma tarefa que presidente delegou a mim, para coordenar e integrar os esforços dos ministérios, independentemente das pessoas que estão ali”, afirmou.
O vice-presidente disse ainda que discorda do ministro em alguns pontos, mas concorda que o Brasil preservou sua floresta e deve receber recursos de países que poluíram mais por isso. (Com Reuters)
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