O CEBDS (Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável) apresentou hoje (13), com as assinaturas de cerca de 30 CEOs, o manifesto “Neutralidade Climática: Uma grande oportunidade”. O documento reitera a necessidade do Brasil traçar metas de neutralidade climática para 2050, com ações que trariam ganhos econômicos, comerciais, ambientais e reputacionais. Como a geração de empregos verdes, investimentos crescentes em soluções de baixo carbono, poder de negociação mais sólido frente aos principais competidores do Brasil, incentivo à redução dos gases de efeito estufa (GEE) e a reafirmação do protagonismo histórico do País frente a esses desafios.
Entre os CEOs diretamente ligados ao agronegócio estão Marc Reichardt, da Bayer; Mauricio Adade, da DSM; Gilberto Tomazoni, da JBS; Lorival Luz, da BRF; Miguel Gularte, da Marfrig; Walter Schalka, da Suzano, além de João Paulo Ferreira, da Natura; Roberto Simões, da Braskem; Octavio de Lazari Júnior, do Bradesco; Ricardo Rodrigues de Carvalho, da CBA; André Araujo, da Shell, entre outros. O CEBDS reúne cerca de 60 dos maiores grupos empresariais do País, responsáveis por mais de um milhão de empregos diretos.
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“Economicamente falando, o CEBDS crê que um total de até US$ 17 bilhões possam ser gerados no País a partir de negócios com base na natureza até 2030”, afirma Marina Grossi, presidente do CEBDS. “O setor já está engajado, buscando as escolhas certas agora e direcionando os investimentos para enfrentamento e recuperação da economia brasileira em um modelo de economia circular, de baixo carbono e inclusiva, em que os benefícios entre produzir e preservar são claros e representam ganhos para o Brasil”.
O manifesto está dividido em quatro blocos temáticos. O primeiro aponta a possibilidade de atração de recursos citados pela presidente do CEBDS, da ordem de US$ 17 bilhões. Além do impacto no PIB (Produto Interno Bruto), com potencial de acumular R$ 2,8 trilhões até 2030 em relação à trajetória atual, mais um total de R$ 19 bilhões em produtividade agrícola adicional no mesmo período.
O segundo bloco temático discorre sobre as vantagens competitivas do País, como a matriz energética limpa e renovável, recursos humanos, biodiversidade, disponibilidade de recursos naturais e setor privado engajado. O terceiro bloco coloca as oportunidades que o Brasil possui de ocupar uma posição de protagonista em negociações de clima. E o quarto, a necessidade de deixar claro os caminhos e a intenção de manter a floresta em pé, com uma visão sistêmica e integrada de suas políticas.
Faltando pouco tempo para a COP-26, prevista para novembro, em Glasgow, o documento aponta uma direção para o conjunto de compromissos que estes empresários acreditam ser o mais viável ao País. “Estamos em um ano decisivo para a questão climática, comparável ao que foi em 2015 em relação ao Acordo de Paris, diz Marina. “As signatárias sabem que as empresas brasileiras têm uma oportunidade inigualável nessa agenda, onde há um novo padrão de mercado com a demanda para produtos e serviços de baixo carbono e inclusivo, atendendo aos critérios ESG.”
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