O valor das contratações de crédito rural no Brasil, no âmbito do Plano Safra, somou R$ 169,44 bilhões entre julho de 2020 e março de 2021, alta de 22% ante igual período da temporada anterior, informou o Ministério da Agricultura ontem (7).
Desse montante, R$ 90,77 bilhões foram destinados para custeio, um avanço de 18% na comparação anual, enquanto os aportes para investimentos saltaram 43%, a R$ 53,39 bilhões, disse a pasta.
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Houve ainda um aumento de 7% nas contratações para industrialização, que chegaram a R$ 9,77 bilhões. Já os créditos para comercialização recuaram 3%, para R$ 15,51 bilhões.
O ministério destacou em nota que as contratações realizadas por pequenos e médios produtores, por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor), atingiram o maior volume já observado para este período da safra.
No total, os créditos concedidos pelos programas chegaram a R$ 47,1 bilhões, um aumento de 11,2% na comparação ano a ano, com altas de 17% no Pronaf e 5% no Pronamp.
“Os demais produtores aumentaram acentuadamente sua demanda de crédito para investimentos (61%), sendo que para os pequenos e médios produtores ela se situou, respectivamente, em 8% e 0,2%”, afirmou o ministério.
Para o diretor do Departamento de Crédito e Informação do ministério, Wilson Vaz de Araújo, a maior demanda por créditos para investimentos “resulta do bom desempenho do setor agropecuário, evidenciado pelo aumento de suas exportações em 2020 e no início de 2021”.
Ele também citou as expectativas de que a safra de grãos atinja 272,3 milhões de toneladas, conforme projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), e que o VBP (valor bruto da produção) supere R$ 1 trilhão neste ano.
A pasta chamou atenção ainda para um crescimento de 32% na utilização relativa de recursos em fontes não controladas, impulsionada por emissões de LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), que saltaram 30%, e por recursos livres (+78%). Essas medidas costumam ser utilizadas pelos grandes produtores.(Com Reuters)
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