O VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) do Brasil deverá atingir um recorde de R$ 1,076 trilhão em 2021, alta de 12,1% na comparação anual, disse hoje (13) o Ministério da Agricultura, elevando sua projeção em relação à marca de R$ 1,057 trilhão publicada em abril.
De acordo com o levantamento da pasta, o resultado deverá ser puxado pelas lavouras, que têm faturamento estimado em R$ 741,2 bilhões, avanço de 16% ante 2020, enquanto a pecuária será responsável por R$ 335,1 bilhões, alta de 4,4%.
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O ministério chamou atenção para um crescimento de mais de 31,3% na estimativa para a soja, principal produto de exportação do país, a R$ 353,3 bilhões, além de um avanço de 22,7% no VBP do milho em 2021, para R$ 134,7 bilhões.
Ambos os grãos compõem o grupo de quatro produtos responsáveis por 34% de todo o VBP brasileiro, ao lado de carne bovina –que tem crescimento projetado em 10,3% para este ano– e cana-de-açúcar, cujo resultado deve avançar 1,3%.
O coordenador da pesquisa e de Avaliação de Políticas e Informação do ministério, José Garcia Gasques, afirmou em nota que a estiagem que afetou culturas como milho e soja no país teve algum impacto, mas não afetou as perspectivas de produção recorde em 2021.
“A falta de chuvas no período de plantio… teve impactos ao prejudicar parcialmente essas lavouras. Esse fato, entretanto, não chegou a alterar o caminho de crescimento da safra. Permanecem, em essência os valores que representam resultado recorde da produção em 2021”, disse ele.
Gasques ainda destacou os altos preços dos grãos nos mercados globais, guiados por estoques baixos, firme demanda internacional e incertezas climáticas.
Ontem (12), os contratos futuros da soja negociados em Chicago cravaram uma máxima de oito anos e meio. O milho também tem operado próximo a máximas de vários anos.
Segundo o Ministério da Agricultura, os números estimados para o VBP deste ano representam máximas recordes para os segmentos de algodão, soja, arroz, milho, trigo, carne bovina e leite. (Com Reuters)
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