Para ajudar o produtor na gestão da compra de insumos, a Mosaic Fertilizantes, uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados, anunciou a criação do IPCF (Índice de Poder de Compra de Fertilizantes).
Junto com os levantamentos, a Mosaic divulgará uma análise com os principais acontecimentos dos mercados de commodities e fertilizantes. “Acreditamos que com a transparência de informações reforçamos nosso compromisso com o produtor rural e ajudamos o mercado a se desenvolver de forma saudável”, diz Eduardo Monteiro, vice-presidente comercial da Mosaic Fertilizantes. No mundo, a companhia entrega cerca de 27 milhões de toneladas de fertilizantes, por ano, em 40 países.
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O IPCF é baseado na relação entre um índice de preços de fertilizantes e um índice de preços de commodities agrícolas. Segundo a Mosaic, uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais acessíveis do que no mesmo período em 2017, e uma relação maior que 1,00 significa que os adubos estão menos acessíveis em comparação ao mesmo período. No índice são consideradas as lavouras de soja, milho, açúcar, etanol e algodão.
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Bayer vai capacitar produtor para a safra 2021/22
Em parceria com a startup Agro Academy e com a DOT digital group, empresa de educação corporativa, a plataforma Intacta 2 Xtend, da Bayer, anunciou um programa educacional online para operadores de máquinas e agricultores do Brasil. O objetivo do curso “Operação Pulverização”, gratuito, é capacitar 10 mil profissionais até o final do ano.
Com conteúdos em formatos de vídeos curtos, imagens e podcasts, o curso ensinará boas práticas agrícolas para o uso da terceira geração de biotecnologia em soja da Bayer na safra 2021/22.
“Queremos democratizar a educação e o acesso às nossas capacitações, transformando um treinamento técnico em uma websérie, com linguagem adaptada ao nosso público-alvo”, explica a gerente técnica de lançamento do produto, Barbara Tagliari.
Zoneamento agrícola do girassol é atualizado
Na última quarta-feira (16), o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) publicou 26 portarias para atualizar o Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) para a cultura de girassol. A nova versão da ferramenta era estudada desde 2020 e considera novas metodologias para a análise do risco derivado da variabilidade climática para a produção de girassóis.
“No caso do girassol, definimos as áreas e os períodos de semeadura para o seu cultivo com probabilidades de perdas de rendimento inferiores a 20%, 30% e 40%, devido à ocorrência de eventos meteorológicos adversos”, explica o pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja, envolvida com as reuniões para a definição do novo Zarc. “Foi ainda introduzida a nova metodologia de abordagem dos riscos associados à água disponível no solo, deixando-o pronto para incorporar os novos conceitos de manejo do solo e dos sistemas produtivos a serem associados ao risco climático nos futuros trabalhos de zoneamento.”
O pesquisador ressalta que o girassol é pouco influenciado pelas variações de latitude e de altitude, apresenta tolerância a baixas temperaturas e é relativamente resistente à seca, precisando de 500 a 700 mm de água disponível, bem distribuídos ao longo do ciclo.
Yara firma parceria com AgTech Garage
A Yara Brasil, multinacional do setor de nutrição de plantas, fechou uma parceria com o AgTech Garage, hub de inovação do agro sediado em Piracicaba (SP). Com isso, a Yara passa a integrar o “ecossistema colaborativo para a criação de ferramentas digitais” do hub.
O objetivo é fomentar oportunidades e negócios no setor ambiental, tornando a empresa neutra para emissões de gases de efeito estufa até 2050. ” Vamos direcionar os investimentos em temas bem definidos, como soluções inteligentes e adequadas ao clima, descarbonização da produção de fertilizantes, conectividade agrícola e novos modelos de receita na agricultura”, afirma Deise DallaNora, diretora de Food Solution Innovation da Yara Brasil. “A parceria com o AgTech Garage nos conectará aos parceiros certos para o desenvolvimento de soluções.”
Frango halal chega a 800 mil toneladas exportadas em 2021
O frango halal, abatido de acordo com as regras estabelecidas pela Lei Islâmica, está com exportações em alta para os países árabes desde o início do ano. De acordo com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o Brasil exportou cerca de 800 mil toneladas da carne para destinos de origem muçulmana nos primeiros cinco meses de 2021. Somente em maio, de acordo com a entidade, os embarques aumentaram 57% em comparação ao mesmo período no ano passado.
“O mundo árabe tem uma grande importância para economia brasileira. É um mercado extremamente promissor e precisamos estreitar cada vez mais as relações bilaterais, para que este mercado se desenvolva com todo o potencial disponível”, diz Omar Chahine, gerente de relações internacionais da Cdial Halal, empresa certificadora de alimentos destinado a esse mercado.
Os principais importadores foram a Arábia Saudita, os Emirados Árabes e o Iêmen. O frango halal exportado pelo Brasil responde por cerca de 40% do total dessa proteína embarcada para o exterior, entre in natura e processados.
Em busca de startups para agroindústria 4.0 sucroenergética
Sediada em Pradópolis (SP), o grupo sucroenergético São Martinho lançou um novo desafio através das plataformas Onono (Central de Startups do Centro de Experiências Científicas e Digitais) e AgroStart, ambas controladas pela multinacional Basf. A ideia da empresa é encontrar iniciativas de inovação aberta e transformação digital para o agronegócio.
A São Martinho busca soluções baseadas em conectividade com foco em 5G para a agroindústria 4.0. Conforme nota divulgada, “as startups com as melhores propostas poderão desenvolver um projeto piloto ao longo da safra 2021/22 e tornarem-se parceiras ou fornecedoras da São Martinho.” As interessadas podem se cadastrar até o dia 2 de julho.
Em parceria, Edmond lança nova forma de financiamento para produtores rurais interessados em projetos de energia renovável
A Edmond, fintech de soluções de meios de pagamento para o mercado de energia fotovoltaica, firmou uma parceria com a Agropermuta, agfintech que monetiza produção futura para investimentos no agronegocio.
A intenção é oferecer no mercado condições especiais de financiamento para produtores rurais nos projetos de energia renovável. A fintech atuará como originador cedente da operação e a Agropermuta vai “enquadrar” o crédito e repassá-lo a seus investidores. A modalidade de financiamento deve movimentar entre R$ 50 milhões e R$ 70 milhões em operações até o fim do ano.
“A Edmond viabiliza o acesso à produção de energia limpa e sustentável, através da implementação de usinas solares fotovoltaicas para o produtor rural, custeadas com a própria cultura futura mediante a emissão de CPR-F (Cédula de Produto Rural Financeira), a ser paga em parcela anual ao longo de 3 anos”, explica Jackson Chirollo, CEO da Edmond.
Agtech israelense deve investir em eucalipto e café
A startup israelense SeeTree anunciou que começará a apresentar sua tecnologia para as cadeias do eucalipto e do café. Operando no Brasil há pouco mais de dois anos, a startup utiliza drones, inteligência artificial e machine learning para identificar doenças e o estado de saúde das culturas, auxiliando produtores no controle de suas plantações. Uma das cadeias que já utilizam é a da citricultura. Não por acaso, a Citrosuco, um dos maiores produtores de laranja do mundo, acabou virando investidor ao participar de rodada de US$ 30 milhões destinados à inovação.
Com tecnologia de digitalização e monitoramento das culturas de eucalipto e café, a agtech espera dar ao produtor ferramentas, por exemplo, para cortar custos operacionais com base em informações estratégicas coletadas em campo. “A SeeTree possui um time de experiências diversas nos campos da tecnologia, agricultura, operações, militares, aviação e negócio. Nós usamos toda essa experiência para criar uma combinação de inteligência artificial e inteligência humana”, afirma Denis Silveira, country manager da empresa no Brasil.
Gergelim traz vantagens para agro no Tocantins
Em parceria com a AgroGrains, a Embrapa Algodão, unidade de Campina Grande (PB) participou no sábado (19) do primeiro dia de campo sobre cultivo de gergelim no estado do Tocantins. Segundo o pesquisador Valdinei Sofiatti, o gergelim é uma boa opção para a segunda safra nas regiões de baixa altitude de Mato Grosso e também no Tocantins. “A cultura vem aumentando consideravelmente de área plantada no vale do Rio Araguaia, em Mato Grosso, e devido às condições de clima e solo semelhantes ao pode ser uma opção também para o Tocantins”, diz ele.
No passado, a Embrapa Algodão desenvolveu variedades mais adaptadas, como a BRS Seda, BRS Anahi e também a BRS Morena para a cultura do girassol, que pode ganhar áreas de cultivo. “A estatal do Mapa tem atuado para lançar cultivares cada vez mais produtivas e mais adaptadas a diferentes ambientes, com maior teor de óleo e tolerância a pragas e doenças, mirando tanto o mercado de alimentos quanto o de óleo”, afirma a pesquisadora Nair Helena Arriel, chefe adjunta de pesquisa e desenvolvimento e inovação do centro de pesquisa responsável pelas novas variedades.
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