Encomendada pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), uma pesquisa realizada pelo Ceap (Centro de Assessoria e Pesquisa de Mercado) analisou o consumo de proteínas animais em lares brasileiros durante a pandemia. Entre novembro do ano passado e fevereiro deste ano, 2.500 entrevistas envolvendo todas as classes sociais mostraram que o ovo reina absoluto no prato da população: ele está presente em 96% dos lares.
Em seguida, está a carne de frango, com 94%, seguida pela carne suína com 80%, a carne bovina com 79% e peixe, com 65%.
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A preferência do brasileiro por ovos e carnes de frango e suína pode ser explicada pela alta nos preços da carne bovina. De acordo com o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15) divulgado em maio, a alta acumulada em 12 meses para essa proteína já chega a 35,68%. Fatores como aumento nas exportações e custos maiores com a alimentação animal influenciam no valor para o consumidor. Contudo, como reflexo da demanda aquecida, o valor dos ovos também está subindo.
“Para os próximos meses, no curto prazo, é de se esperar que a tendência de alta dos preços de carnes e ovos se mantenha, agora, também, puxada pelo novo auxílio emergencial concedido pelo governo federal, a perspectiva de recuperação da economia com a intensificação da vacinação contra a Covid-19 na população, e a redução de abates (o menor nível desde 2009, no primeiro trimestre de 2021)”, aponta o boletim divulgado pela Cicarne (Centro de Inteligência da Carne Bovina) na semana passada.
Além de avaliar a presença das proteínas em residências brasileiras, a nova pesquisa do Ceap também detalhou o entendimento que o consumidor possui sobre as qualidades das proteínas animais. Conforme divulgado no levantamento, “para o ovo, 82% percebem o produto como uma excelente fonte de proteína e 74% ressaltam como um dos alimentos mais completos e de alto valor nutricional”.
Por fim, a pesquisa mostra tendências que podem ou não ser exclusivas da pandemia: os consumidores buscam embalagens recicláveis e compraram mais através do e-commerce. “O levantamento apontou insights importantes, como a necessidade de manter a inovação na apresentação dos produtos e indicativos de que o e-commerce ganhou força”, avalia Isis Sardella, gerente de marketing e promoção comercial da ABPA e coordenadora do estudo. “Ainda não é possível dizer se são efeitos permanentes ou demandas de um período pandêmico, mas indicam a forte relação do consumo de produtos com o contexto em que o consumidor está inserido.”
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