A maior cooperativa do país, a Copersucar, uma gigante global que atua em negócios de açúcar e etanol, acaba de atingir um feito histórico, anunciado hoje (2). No dia 24 de maio, as usinas sócias da Copersucar atingiram a marca inédita de 5,2 milhões de CBios (créditos de descarbonização) escriturados. Essa quantidade coloca a cooperativa na liderança do RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis), respondendo a 15,4% dos créditos de carbono emitidos no programa desde 2020.
Como um CBio corresponde a uma tonelada de gases do efeito estufa (GEE) que deixaram de ser lançados na atmosfera, a Copersucar evitou o lançamento de mais de 5,2 milhões de toneladas de carbono. Trocando em miúdos, seriam necessárias 36,4 milhões de árvores, crescendo por 20 anos, para alcançar um resultado semelhante. A cooperativa reúne 20 grupos econômicos, donos de 33 usinas de cana-de-açúcar espalhadas por São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás.
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“Com um controle mais detalhado do ciclo de vida do produto, a Copersucar tem conseguido melhorar as NEEAs (notas de eficiência energético-ambientais) das suas usinas, ampliando, assim, a oferta de CBios para o mercado”, afirma Luís Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração da Copersucar. “A gestão dos indicadores ambientais realizada pela Copersucar e por suas usinas sócias tem tornado mais notória a contribuição atual do etanol na luta contra a mudança do clima e o futuro papel deste combustível renovável na transição para uma mobilidade de baixo carbono.”
No ano passado, a melhor nota a uma unidade de produção de etanol certificada no programa foi concedida à Usina São Francisco. Cinco usinas associadas já passaram pela recertificação no programa, tendo evolução de até 25% em suas notas. Outras unidades devem também passar pelo processo nos próximos meses. Isso significa que a quantidade de CBios gerada por litro de etanol comercializado deve crescer.
A instituição dos CBios contribui para que o país cumpra os compromissos assumidos no Acordo de Paris, através da produção de biocombustíveis. “O programa é um excelente instrumento para colocar o Brasil em destaque durante a COP-26, encontro que acontece em novembro, na cidade de Glasgow, Escócia, e que deve aprofundar a regulação da precificação no mercado futuro, tornando o carbono uma commodity mundial”, diz Pogetti.
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