As estimativas de safras de milho e algodão de Mato Grosso 2020/21 foram mantidas hoje (5) em relação à previsões do mês anterior, apontou o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), que alertou para efeitos de alguns problemas climáticos.
A safra de milho de Mato Grosso, maior produtor nacional de grãos e oleaginosas, foi estimada em 32 milhões de toneladas. Isso representa uma queda de 9,7% ante a temporada anterior, devido ao impacto da seca.
O atraso na safra continua pautando as incertezas quanto aos rendimentos para o fim da safra, disse o Imea.
“No que se refere às primeiras áreas colhidas, as produtividades reportadas têm apresentado uma significativa variação em grande parte das regiões, e as áreas mais tardias – mais impactadas pelo clima ao longo do desenvolvimento – que ainda não foram colhidas tendem a pressionar a produtividade final da safra”, disse o instituto, que ainda assim não alterou os números mensais, aguardando o avanço dos trabalhos.
A safra de algodão, cuja colheita está apenas começando, foi estimada em 1,62 milhão de toneladas (pluma), estável ante a projeção anterior.
“Apesar dos altos rendimentos da colheita até aqui, a falta de chuva e a baixa umidade do solo em períodos importantes para o desenvolvimento das plantas prejudicaram as lavouras mais tardias em algumas regiões do Estado, o que tende a refletir no resultado final da safra”, disse o Imea.
“Além disso, as baixas temperaturas observadas em Mato Grosso e pontos de geada em alguns municípios produtores na última semana também poderão influenciar nas lavouras que ainda estão em desenvolvimento, principalmente nas ponteiras da planta.”
No que diz respeito à safra de soja que será plantada a partir de setembro, o Imea previu aumento de 3,3% na área, para 10,8 milhões de hectares, com produtores otimistas com preços e a relação de troca com insumos.
Se a clima colaborar, a nova safra de soja Estado poderia atingir 37,3 milhões de toneladas, um novo recorde. O número aponta uma quase estabilidade ante previsão anterior, mas um aumento anual de 3,5%.
“Os preços médios em altos patamares, somados à uma relação de troca com insumos mais favorável aos produtores continuam auxiliando na tomada de decisão no Estado”, comentou o instituto. (Com Reuters)
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