O Brasil registrou um superávit comercial recorde no primeiro semestre do ano, quando as exportações atingiram o maior valor para o período da série do governo, iniciada em 1997, impulsionadas pelo aumento dos preços de commodities e pela maior demanda global em meio à retomada da pandemia, mostraram números divulgados hoje (1) pelo Ministério da Economia.
O superávit comercial foi de US$ 37,5 bilhões nos primeiros seis meses do ano, um salto de 68% sobre o saldo do mesmo período de 2020, na comparação pela média diária. O recorde anterior havia sido registrado em 2017, de US$ 31,9 bilhões.
LEIA MAIS: Brasil já colheu quase metade da safra de café, diz consultoria
O resultado refletiu uma alta de 36% das exportações, para o valor recorde de US$ 136,7 bilhões, e um aumento de 27% das importações, a US$ 99,2 bilhões.
As exportações da indústria extrativa, tendo como principal produto o minério de ferro, foram as que mais cresceram no semestre – 77% pela média diária -, alavancadas por um aumento médio de 64,5% nos preços. As exportações agropecuárias, também favorecidas pela alta das cotações, aumentaram 19,7%, enquanto as vendas externas da indústria cresceram 10,2%.
O subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, afirmou que o ano está sendo marcado por uma recuperação da demanda de parceiros como Argentina, Estados Unidos e União Europeia, enquanto o consumo dos mercados asiáticos – principais demandantes dos embarques brasileiros – nunca chegou a arrefecer com a crise da pandemia.
Diante dos resultados, o governo revisou suas projeções para a balança no ano, e agora prevê um superávit comercial de US$ 105,3 bilhões, ante US$ 89,4 bilhões estimados em abril, com alta de 27,3% das importações e de 46,5% das exportações.
JUNHO
O saldo comercial e as exportações de junho também foram recordes para todos os meses da série do governo.
O superávit, de US$ 10,372 bilhões, veio em linha com o saldo de US$ 10,700 bilhões estimado em pesquisa da Reuters com economistas.
As exportações somaram US$ 28,104 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 17,732 bilhões – nos dois casos, um aumento de 61% sobre os fluxos registrados em junho do ano passado, quando a balança foi superavitária em US$ 6,5 bilhões. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.