O comitê técnico do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou na última sexta-feira (6) a destinação de uma reserva de R$ 1,3 bilhão em recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para auxílio a produtores afetados pelas geadas recentes no Brasil.
O movimento é um passo inicial para que a medida seja adotada, uma vez que a proposta do comitê técnico ainda seguirá para análise do CDPC e, se aprovada, para subsquente votação do Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reunirá no próximo dia 26.
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O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, havia adiantado na última terça-feira (3), após reunião com representantes dos ministérios da Agricultura e Economia, que uma proposta de R$ 1 bilhão em financiamentos do Funcafé deveria ser encaminhada pelo setor ao CMN.
De acordo com nota publicada na última sexta-feira (6) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a ideia central da proposta é criar uma linha de financiamento para os cafeicultores atingidos, embora condições, prazos, taxas, carência e o período de reembolso ainda precisem ser definidos.
“Utilizar os recursos do Funcafé para essa finalidade é uma forma de garantir a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva”, disse o presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Breno Mesquita.
Para ele, o recurso surge em momento providencial e atende a uma demanda imediata do setor.
Em nota à parte, também divulgada nesta sexta, o Ministério da Agricultura afirmou que, se aprovada, a disponibilização desse valor para os agentes financeiros será feita após a efetiva avaliação das perdas ocorridas pela geada nas regiões de produção, cujo levantamento está sendo conduzido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
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“A estimativa é que no próximo mês de setembro já tenhamos um quadro real da situação”, disse o diretor de Departamento de Comercialização e Abastecimento da pasta, Silvio Farnese.
Estimativas preliminares divulgadas pela Conab após as fortes geadas do último dia 20 de julho indicaram que o fenômeno pode ter atingido até 200 mil hectares cultivados com café arábica, ou 11% do total da área destinada à variedade no país. (Com Reuters)
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