O mercado de CBios (créditos de descarbonização) do Brasil registrou a emissão de 903 mil títulos na primeira quinzena de agosto, ante quase 3 milhões de créditos emitidos neste mês completo de 2020, em meio a um movimento ainda fraco do setor neste ano, indicou hoje (24) um relatório do Itaú BBA.
Segundo o documento, no acumulado de 2021 até aqui o volume emitido de CBios no país totalizou 18,47 milhões de títulos, o que representa 74,2% da meta a ser cumprida no ano no âmbito do programa RenovaBio, de 24,9 milhões de títulos.
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No mesmo momento de 2020, a emissão de CBios atingia 18,5 milhões de títulos e já superava com folga a meta anual estipulada de 14,9 milhões de créditos.
Cada CBio representa uma tonelada de dióxido de carbono que deixa de ser emitida. Os títulos, que visam ajudar o Brasil a cumprir seus objetivos climáticos do Acordo de Paris, são emitidos por produtoras de biocombustíveis e devem ser obrigatoriamente aposentados por distribuidoras conforme suas metas anuais.
O Itaú BBA destacou que o volume negociado de CBios em 2021 segue fraco, com cotações bem abaixo das verificadas em 2020. Na temporada passada, a movimentação do mercado começou a ganhar força por volta de setembro, atingiu um ápice em meados de outubro e perdeu ritmo em dezembro, segundo o relatório do banco de investimentos.
O preço médio dos CBios neste ano, acrescentou o relatório, está 31,5% abaixo do registrado no ano passado, a R$ 29,75 por título.
O documento também indicou que, atualmente, o número de CBios disponíveis é de 19,2 milhões de títulos –do total, 48% estão nas distribuidoras, 51% nas produtoras e 1% em partes não obrigadas. Até maio, apenas 3,18 milhões de CBios haviam sido aposentados em 2021. (Com Reuters)
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