Nos três primeiros meses de operação do Plano Safra 2021/2022, os produtores rurais, cooperativas e agroindústria contrataram R$ 97,75 bilhões para financiar a atividade agropecuária, florestal, aquícola e pesqueira. O valor representou incremento de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, distribuídos em mais de 668 mil contratos (+3%).
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Os números estão no balanço do crédito rural divulgado hoje (5), pela SPA (Secretaria de Política Agrícola) do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Os financiamentos em investimentos registraram o maior crescimento em relação ao mesmo período do plano anterior (59%), com R$ 29,49 bilhões e 329 mil contratos firmados. Com maior valor liberado, as operações de custeio alcançaram perto de R$ 52,69 bilhões e 333 mil contratos, incremento de 27% e 6%, respectivamente. Nas outras finalidades há procura por financiamentos de comercialização (+34% ou R$ 8,28 bilhões) e industrialização (+42% ou R$ 7,2 bilhões).
De acordo com o estudo da SPA, os produtores rurais da região Sul, historicamente, são os que mais contratam financiamentos. Até o momento, foram R$ 36,90 bilhões e mais de 277 mil contratos, o que representa, respectivamente, 38% e 42% do total nacional.
O balanço do crédito rural mostra a forte demanda por financiamentos rurais na região Norte (aumento de 64% no valor e de 46% no número de contratos) e Nordeste, 34% no valor, embora a quantidade de contratos tenha sofrido redução de 5%.
Entre os programas de investimentos na atual safra, o Moderfrota alcançou a maior parcela dos recursos programados (66%), seguido do Procap-Agro (50%) e de outras linhas/programas (45%). De acordo com Wilson Vaz de Araújo, diretor do departamento de crédito e informação do Mapa, não há escassez de recursos de investimento na atual safra e o saldo disponível desses recursos, no conjunto das instituições financeiras, é de 60%.
As fontes de recursos mais utilizadas pelas instituições financeiras na contratação do crédito aos produtores e às suas cooperativas de produção, entre julho a setembro, foram os recursos obrigatórios (R$ 28,63 bilhões, alta de 71%), a poupança rural controlada (R$ 21,97 bilhões ou +5%) e a poupança rural livre (R$ 17,91 bilhões ou +129%). Essas fontes somaram 69% de participação no valor dos financiamentos rurais. A LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), com recursos não controlados, foi a única fonte que teve um decréscimo no valor (-46%) das liberações comparativamente à safra passada, o que representou R$ 4,03 bilhões.
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