O IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura) e o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lançaram o programa “Solos Vivos das Américas”. A iniciativa tem o objetivo de restaurar a saúde dos solos brasileiros ao promover “as melhores práticas de manejo da terra” e incentivar a transformação dos sistemas agrícolas em ecossistemas que acumulem mais carbono nos solos.
Com o apoio de empresas e cooperativas como Syngenta, Bayer, Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), Pepsico e OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), o programa deve seguir as linhas do Plano ABC+, adotado pelo Mapa em 2010 e que vai se estender até 2030. Este plano possui como objetivos a reabilitação de 15 milhões de hectares de áreas de pastagens degradas e o aumento da área sob o regime de plantio direto de 25 milhões para 33 milhões de hectares e pretende reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 160 milhões de toneladas de CO2 ao ano.
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“Trabalhamos com diferentes centros de pesquisa que demonstram que os produtores brasileiros podem desenvolver modelos de produção sem a contaminação de carbono. O Plano ABC Plus foi aplicado em 200 mil hectares em sistemas integrados com tecnologias que ajudaram a implementar a agricultura sustentável no Brasil, mas isso não é suficiente, podemos melhorar”, destacou a ministra Tereza Cristina durante evento de lançamento.
Rattan Lal, cientista paquistanês ganhador do Prêmio Mundial de Alimentação em 2020, diretor do Centro de Manejo e Sequestro de Carbono da Universidade Estatal de Ohio e integrante do projeto, também reforça o impacto que uma adoção ampla do “Solos Vivos” poderia causar ao mundo: “Se nós pudermos implementar [o programa] junto com toda a região latino-americana, com o IICA, com outros parceiros, especialmente do setor privado, o potencial é um sequestro de 10 gigatons [de CO2]”.
Katayama fecha parcerias para estrear no e-commerce
Fundada em Guararapes (SP) em 1942, a empresa Katayama Alimentos, um dos principais nomes na indústria avícola, decidiu ingressar no e-commerce para alcançar clientes não atendidos diretamente e que “exigiriam uma logística diferenciada”.
“Hoje as vendas via delivery tomaram uma proporção enorme. Já não basta ter um e-commerce ativo, é preciso que o produto ofertado esteja disponível e chegue o mais rápido possível até o comprador ou consumidor”, relata Gilson Katayama, diretor comercial do grupo.
Para poder dar início a esta nova era, a companhia fechou parceria com duas startups que atuam com vendas on-line de alimentos, Frubana e Merqueo, ambas colombianas e com atuação no Brasil. Juntas, as empresas realizam entregas para cidades espalhadas pelos estados de São Paulo e Belo Horizonte.
IBRF apoia Unicef para auxiliar 15 mil crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
O IBRF (Instituto BRF), responsável pelos investimentos sociais da multinacional brasileira de alimentos BRF, se uniu ao Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância ) para garantir que crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social tenham acesso a conectividade, higiene e apoio social.
A iniciativa soma R$ 4,5 milhões em doações e deve beneficiar mais de 15 mil pessoas, incluindo pais, professores e escolas, nos territórios onde a empresa está presente no Brasil. Atualmente ,a companhia possui 35 unidades produtivas e 20 centros de distribuição espalhados pelo Brasil.
“O impacto da COVID-19 na sociedade foi profundo e há muito trabalho a ser feito para reduzir desigualdades e criar mais oportunidades para crianças e jovens. Acreditamos que a educação tem um poder transformador e, assim como abraçamos a causa da insegurança alimentar, temos a responsabilidade de oferecer apoio às comunidades onde estamos inseridos”, diz Grazielle Parenti, vice-presidente global de relações institucionais e sustentabilidade da BRF e diretora-presidente do Instituto BRF.
Touro de cooperado da Castrolanda é vice-líder em ranking mundial de genética
Em um levantamento da Naab (Associação Americana de Criadores de Animais), um touro criado por cooperado da Castrolanda, cooperativa paranaense com mais de 1100 produtores conectados, foi apontado como o animal com a segunda melhor genética do mundo para animais voltados à produção de leite.
O touro da raça holandesa P&B, propriedade do criador Lucas Rabbers, vem de boa linhagem e recebeu a pontuação de 2.837 no índice PTA Milk, principal referência na avaliação genética deste tipo de animal. “A mãe e o pai são animais muito bons. Um touro como esse poderia ter nascido aqui ou em qualquer lugar do mundo, já que o sêmen adquirido para a reprodução veio dos Estados Unidos por meio de uma compra que fizemos. Ter este animal é como acertar na loteria”, diz o cooperado que atua na Agropecuária Harm (PR).
No passado, a propriedade da família de Rabbers já virou notícia por ter uma vaca que produziu mais de 190 mil kg de leite na sua vida produtiva, a maior produção histórica do Brasil e da América Latina. “Ao invés de termos uma vaca nos dando lucro na cadeia leiteira, temos um touro”, comenta sobre o vice-líder no ranking mundial de genética.
Setor do algodão brasileiro prospecta indústria têxtil do Irã
Com a indústria têxtil aquecida, o Irã busca novos parceiros e identifica no Brasil um importante fornecedor não apenas de soja e milho, mas também da pluma de algodão. O interesse foi formalizado em uma reunião realizada no Teerã com a participação da Abrapa (Associação Brasileira de Produtores de Algodão), Anea (Associação Nacional de Exportadores de Algodão) e diversas empresas têxteis iranianas.
Atualmente, não há exportação direta de algodão do Brasil para o Irã, mas há potencial para a parceria. O mercado têxtil iraniano está em expansão e hoje a estimativa é de que as importações sejam de 120 mil toneladas da pluma por ano, o que posiciona o país entre os dez maiores importadores de algodão no mundo.
As exportações brasileiras para o Irã se ancoram principalmente em soja em grão, farelo de soja e milho. Esse comércio movimenta anualmente mais de U$ 1,05 bilhão e é um motivo a mais para a aproximação com os cotonicultores. “No Brasil, quem produz algodão também cultiva soja e milho, porque fazemos uma sucessão de culturas ao longo do ano. O agricultor que está exportando grãos para o Irã também pode embarcar a pluma. Essa sinergia pode ser ainda maior se inserirmos a ureia nos negócios”, afirma o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.
“Esta é uma boa hora para o Brasil ocupar essa fatia de mercado, pois tanto o Uzbequistão como a Índia estão priorizando o consumo interno da fibra e direcionando a exportação para fios e tecidos. Por isso, nos interessamos pelo algodão brasileiro, pois precisamos da matéria-prima para abastecermos nossa indústria têxtil”, analisou Ahmad Ghasabi, representante da Khoy Textile Factories.
Bayer anuncia vencedores do Prêmio Mentes da Inovação
No dia mundial da ciência (24), a empresa química alemã anunciou os vencedores do “Prêmio Mentes da Inovação”, realizado e liderado pelo LifeHub SP – hub de inovação da Bayer Brasil – com o objetivo de impulsionar a ciência no Brasil. Para isso, o hub premiou com R$ 30 mil seis projetos de ciência aplicada nas categorias de Saúde e Agricultura.
“Acreditamos no potencial das soluções vencedoras de contribuição com o país, parabenizamos os responsáveis e abrimos as portas do nosso ecossistema de inovação para estas mentes inovadoras”, afirma Malu Nachreiner, CEO da Bayer Brasil e presidente da divisão Crop Science da companhia no País.
Para agricultura, os três vencedores foram os projetos: “Sistema optoeletrônico para determinação não destrutiva dos atributos de qualidade e estádio de maturação em uvas”, “Integração entre análises tradicionais, sistema multi-sensor e inteligência artificial para a modernização do diagnóstico da fertilidade do solo” e “Nanobiopesticidas: uma solução tecnológica sustentável para produção de alimentos seguros e melhoria da qualidade de vida”. Outros três projetos de Saúde também foram agraciados com o prêmio de R$ 30 mil.
Tereos e VLI movimentam 955 mil toneladas de açúcar em 12 meses
A produtora de açúcar Teros e a empresa de logística e transporte ferroviário VLI atingiram a marca de 955 mil toneladas de açúcar movimentadas nos últimos 12 meses. O resultado surge após a ativação de dois novos armazéns construídos para aumentar a eficiência da cadeia logística de exportação de açúcar.
O número é 30,6% maior que as 731 mil toneladas registradas nos 12 meses que antecederam a inauguração dos empreendimentos.
“Além do aumento do potencial de volume a ser exportado e do ganho de eficiência nas operações, a parceria com a VLI também vem ao encontro das iniciativas da Tereos em sustentabilidade, já que com o transporte ferroviário, reduzimos as emissões de gases de efeito estufa”, comenta Pierre Santoul, diretor-presidente da Tereos no Brasil.
Os dois armazéns construídos em parceria pelas empresas foram inaugurados em 16 de novembro do ano passado e possuem capacidade para 240 mil toneladas. O investimento para a construção foi de R$ 205 milhões.
Zarc define novas regiões para cultivo de canola no Brasil
Com portarias publicadas em novembro, o novo Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) para a cultura da canola ampliou a indicação do cultivo para além do sul do Brasil.
A mudança é fruto de 16 anos de trabalho da Embrapa com dados de fenologia da canola coletados em 22 locais e 158 diferentes datas de semeadura, cruzados com a rede de 3.500 estações meteorológicas da base Zarc da Embrapa. “Atualmente, a produção de canola ainda está concentrada no Sul do Brasil, mas cabe à pesquisa explorar o potencial de crescimento da cultura mostrando onde é possível produzir essa oleaginosa sob riscos mensurados”, avalia Gilberto Cunha, pesquisador da Embrapa Trigo.
O primeiro Zarc para a canola, publicado em 2008, realizava indicação para cultivo no Rio Grande do Sul e depois, exclusivamente para sequeiro, foi estendido para Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Agora, o sistema sequeiro, utilizado em terras áridas sem irrigação, também é recomendado para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Bahia.
BB Seguros e Agrogalaxy firmam parceria para venda de seguros rurais
A BB Seguros, empresa de seguros do Banco do Brasil, anunciou uma parceria com a plataforma integradora Agrogalaxy para a comercialização dos seus produtos voltados ao agronegócio. Os seguros da empresa agora entram para o portfólio da plataforma de varejo que já inclui produtos como insumos agrícolas, produção de sementes, além da prestação de serviços agrícolas.
“A parceria com a Agrogalaxy vem para consolidar o caráter de ferramenta de gestão dos seguros rurais oferecidos pela BB Seguros, por meio da ampliação da penetração da cultura de seguros no campo, aproveitando a expertise e capilaridade do nosso novo parceiro”, diz Ulisses Assis, presidente da BB Seguros.
A plataforma conta com cobertura nacional, numa rede de mais de 120 lojas e mais de 20 mil clientes ativos.