A próxima safra de café do Brasil (2022/23) poderá atingir 62 milhões de sacas de 60 kg, apontou o Itaú BBA em um cenário base considerado por analistas da instituição, que notaram dificuldades de realizar projeções após uma longa estiagem e geadas.
Em um cenário mais otimista, a safra no maior produtor e exportador global somaria 64 milhões de sacas, enquanto no mais pessimista, 60 milhões de sacas.
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Esses volumes projetados para 2022/23, um período de alta produtividade do ciclo bianual do arábica, ainda superariam os da temporada 2021/22, de 56 milhões de sacas, segundo números citados pela instituição.
Mas ficariam distantes do volume colhido no último ano de alta, na safra 2020/21.
“Acreditamos ser razoável neste momento uma perda entre 8 e 12 milhões de sacas de café arábica em função da seca e das geadas, quando comparada à produção 2020/21, último ano de safra alta, ou seja, entre 15% e 24% abaixo do referido ano”, disse.
Segundo o Itaú BBA, isso significaria produção entre 38 milhões e 42 milhões de sacas de arábica.
Somado à safra de café conilon – que pode evoluir 5% novamente, semelhante ao crescimento deste ano, segundo o banco, – o Brasil teria potencial de produzir ao todo entre 60 milhões e 64 milhões de sacas de café em 2022/23.
Ainda segundo o relatório, haveria um potencial de exportação de 37 milhões a 41 milhões de sacas de café entre julho de 2022 e junho de 2023, “podendo ser um pouco menor a disponibilidade de exportação caso o consumo interno cresça um pouco, algo incerto em função do impacto do aumento de preços ao consumidor final e do cenário de provável recessão da economia brasileira em 2022”. (Com Reuters)