A Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) divulgou hoje (14) uma atualização de suas estimativas para o ano civil de 2021 do setor da soja e seus produtos (farelo e óleo). No novo levantamento, a entidade revisou o tamanho da produção da oleaginosa no Brasil e elevou a previsão em 300 mil toneladas, agora totalizando 138,3 milhões de toneladas.
O valor indica um crescimento de 8% em relação à produção brasileira em 2020, quando o setor produziu cerca de 127,9 toneladas. Tal crescimento pode ser explicado pelo aumento da área cultivada do grão no país entre as safras 202/21 e 2021/22 — um crescimento de cerca 1,4 milhão de hectares, segundo a estimativa de dezembro da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Apesar do crescimento, a Abiove também divulgou que a produção de óleo de soja caiu, assim como a demanda interna que sofreu uma retração de 2%, chegando a 8,2 milhões de toneladas. O recuo, que o órgão também já prevê em 2022, deve-se pela “menor necessidade da matéria-prima para a produção de biodiesel no país, simultânea à estabilidade do consumo para fins alimentícios”. Desta maneira, a associação crê que o farelo de soja torna-se o produto essencial na composição das margens para o setor.
De acordo com a Abiove, países da Ásia estão comprando mais farelo de soja do Brasil do que a Europa. O órgão projeta que a exportação em 2022 do farelo chegue a 1,65 milhões de toneladas. Em relação à produção, a estimativa da entidade para 2022 é da ordem de 144,8 milhões de toneladas do grão.