A SLC Agrícola, produtora de soja, milho e algodão, reforçou sua presença na B3 com o ingresso nos índices IBrX100, ICO2 e IGPTW. O terceiro destes será lançado oficialmente amanhã (4), com o intuito de medir o desempenho médio dos ativos de empresas certificadas pela Great Place to Work, consultoria global que analisa empresas como as melhores para se trabalhar.
“Acreditamos que essa é uma forma de reconhecimento da gestão da companhia. Além disso, aumenta a exposição da nossa imagem perante ao mercado, e, como consequência, atrai novos investidores”, afirma Ivo Brum, diretor financeiro da SLC.
Já os outros dois índices apontam o desempenho médio das cotações dos 100 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro (IBrX 100) e demonstram o comprometimento das empresas com a transparência de suas emissões de carbono (ICO2).
A SLC Agrícola está na Bolsa de Valores desde 2007 e suas ações são conhecidas pelo código SLCE3. Com matriz em Porto Alegre (RS), a empresa possui 22 unidades de produção localizadas em sete estados brasileiros. Na safra 2020/2021,o cultivo totalizou cerca de 470 mil hectares plantados e a estimativa para a safra 2021/2022 é de 660 mil hectares.
Laços comerciais Brasil-Reino Unido representam quase R$ 42 bilhões
Segundo a Britcham (Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil), órgão que está comemorando 105 anos de existência, os laços comerciais entre Brasil e Reino Unido representam cerca de R$ 42 bilhões. Dentro deste montante, as exportações do agronegócio brasileiro para o Reino Unido, em 2020 e 2021, representaram cerca de US$ 2,6 bilhões.
“Estamos atrás de outros exportadores europeus, como Alemanha, França, Itália e Espanha, algo que pode ser mudado mediante um acordo de livre comércio entre Brasil e Reino Unido”, disse Jonathan Knoot, cônsul-geral britânico em São Paulo durante evento comemorativo da Britcham.
“Temos o objetivo de assinar o acordo de livre comércio tendo como base a forma que é feita entre a União Europeia e o Mercosul, porém sendo mais ambiciosos e comprometidos em temas específicos. Como comissário de comércio para a América Latina e Caribe estou confiante de que estamos no caminho correto para atingir esse objetivo.”
Knoot também aponta que representantes dos países têm se reunido para o que ele chama de “diálogos de alto nível e para diversos setores”, especialmente em áreas como Joint Economic Trade Comittee (para comércio e investimentos) e o Economic and Financial Dialogue (para finanças e serviços financeiros) e o Joint Agricultural Dialogue, para assuntos de agricultura e sustentabilidade.
Ital retoma capacitações presenciais
O Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos) retomará a realização de eventos presenciais em 2022, mantendo, no entanto, a maioria on-line diante do sucesso do formato adotado durante a pandemia: os 49 cursos realizados em 2021 tiveram um total de 2.016 participantes com média de satisfação de 96%.
“Estamos preparados para retomar os eventos presenciais de forma segura para todos os envolvidos e ofertar recursos audiovisuais mais adequados às necessidades da equipe técnica e dos participantes, graças a investimentos feitos pelo governo estadual e pela Fundepag no projeto que denominamos Ital ON”, explica Ana Maria Godoy, diretora do centro de comunicação e transferência de conhecimento do Ital.
Vinculada à Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a instituição de pesquisa prevê realizar 59 capacitações entre 8 de março e 2 de dezembro deste ano.
Registro de CPRs acima de R$ 250 mil se torna obrigatório
A partir de janeiro de 2022, todas as CPR (Cédulas de Produto Rural) emitidas com valor igual ou superior a R$ 250 mil deverão ser registradas em entidade regulamentada pelo Banco Central. Antes, apenas CPRs superiores a R$ 1 milhão precisavam ser registradas.
Atualmente, cerca de 24% da quantidade de CPRs registradas na B3 têm valor até R$ 250 mil, totalizando estoque financeiro de R$ 2,5 bilhões, fatia que deve aumentar a partir de 2023.
“Essa fatia já é relevante no nosso estoque, que acabou de bater o recorde histórico. E ainda temos muitos caminhos para crescer, como por exemplo o das chamadas CPRs Verdes, que a B3 já está pronta para registrar”, diz Gustavo Corradini, gerente de Produtos de Crédito de Balcão da B3. “Além dessa contribuição importantíssima para o meio ambiente, o registro das CPRs traz mais transparência para o mercado, na medida em que permite mapear o volume e a concentração dessas operações pelo país, além do nível de endividamento de cada produtor.”
Mato Grosso prorroga a suspensão da aplicação da lista de preços mínimos para mercadorias agrícolas
Após articulação da Aprofir (Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso) junto à Sefaz (Assembleia Legislativa e Secretaria Estadual de Fazenda), o governo de Mato Grosso prorrogou a suspensão da aplicação da lista de preços mínimos instituída para as mercadorias de origem agrícola.
“Essa metodologia de preço de pauta da Sefaz traz uma alteração muito forte e prejudica todos do segmento, tanto os produtores rurais quanto os próprios cerealistas”, explica Otávio Palmeira, presidente da Aprofir. “Agora, a alteração proposta pelo governo do estado, por meio da Sefaz, vem atender todos do segmento e do setor produtivo em geral e tende a ter um equilíbrio nesse mercado.”
Para determinação da base de cálculo do ICMS relativo às operações com mercadorias de origem agrícola, deverá ser utilizado o valor da operação correspondente aplicado nas operações de saídas internas e interestaduais com algodão, arroz, cana-de-açúcar, feijão, girassol, milho, milheto, soja, sorgo e trigo. Na hipótese da operação realizada por meio de contrato de compra e venda, o contribuinte deverá informar no documento fiscal os dados referentes ao preço ajustado, bem como os dados identificativos do contrato pertinente.
Aceleradora apoiada pelo Fundo JBS divulga escolhidos da Chamada 2021
A Amaz, aceleradora de Impacto apoiada pelo Fundo JBS pela Amazônia, selecionou seis negócios inovadores que serão acelerados e receberão investimento em 2022. Com atuação nos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima, respectivamente, as empresas escolhidas foram BrCarbon, Floresta S.A., Inocas, Mahta, Soul Brasil e Vivalá.
As iniciativas propõem soluções para o desenvolvimento sustentável de produtos e serviços em cadeias de valor estratégicas para a conservação da Amazônia em áreas como créditos de carbono e reflorestamento, produção de óleos, ingredientes amazônicos para alimentação e turismo de base comunitária.
Os seis negócios receberão investimento inicial de R$ 200 mil cada, com possibilidade de reinvestimento de outros R$ 400 mil ao final do processo. Esse grupo foi escolhido dentre 156 inscritos na Chamada 2021.
Segundo a JBS, “o potencial de impacto dos negócios, entre cinco e dez anos, inclui mais de um milhão de hectares de florestas preservados, mais de 700 mil toneladas de CO2 de emissão de carbono evitadas anualmente, 3.700 hectares de florestas recuperadas, centenas de famílias beneficiadas e injeção de cerca de R$ 30 milhões em comunidades locais”.
Basf faz parceria inédita com fintechs e oferta de crédito a produtores
A Basf, empresa química alemã, fechou parcerias inéditas com as agfintechs Agrolend e DuAgro para a oferta de crédito voltada principalmente para pequenos e médios agricultores. As operações envolvem a emissão de CPRFs (Cédula de Produto Rural Financeira) eletrônicas. Desta maneira, os agricultores ganham uma opção totalmente digital para o financiamento da safra.
“A agricultura é intensiva em capital. O objetivo da Basf é facilitar o acesso aos recursos necessários para a implantação e o manejo da lavoura”, explica João Bento Reis Junior, gerente de operações estruturadas e commodities da divisão de soluções para agricultura da Basf.
Já André Glezer, CEO e cofundador da Agrolend afirma que “a oferta de crédito contribui para o país alcançar o máximo do potencial produtivo das lavouras, possibilitando o investimento no uso de tecnologias no campo para o sucesso da produção”.