A produção de soja de Mato Grosso deve bater o recorde de 39,47 milhões de toneladas na safra 2021/22, estimou nesta ontem (7) o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), citando também que o plantio de milho safrinha tende a ser realizado em sua maioria dentro do período ideal.
A nova projeção para a soja indica uma alta em relação aos 38,14 milhões estimados em dezembro. Se confirmado, o volume representará ainda uma elevação de 9,5% ante o ciclo anterior, puxada por incrementos de área e produtividade no maior produtor da cultura no país.
“Analisando os rendimentos, a média estadual ficou projetada em 60,27 sacas/hectare, um crescimento de 2,93% com relação ao levantamento do mês anterior e 4,97% superior ao que foi observado na safra 20/21″, disse o instituto em relatório.
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Isso porque até mesmo nas regiões médio-norte e nordeste do Estado, onde houve relatos de apodrecimento de vagens por excesso de umidade, a produtividade ficou abaixo do potencial inicial mas ainda superior à safra passada.
“Por fim, as previsões continuam indicando volumes elevados de chuva para os próximos 30 dias em todo o Estado, levantando um ponto de atenção com relação à umidade no momento da colheita do grão – que completou 46,66% da área até a última sexta-feira”, alertou.
Se para a colheita da soja a chuva é motivo de preocupação, para o plantio de milho as precipitações são benéficas. Além disso, o ritmo mais acelerado de retirada da oleaginosa dos campos favorece o cereal de segunda safra.
“É esperado que cerca de 93,91% das áreas (de milho) serão semeadas dentro da janela considera ideal”, disse o Imea.
O instituto destacou que os índices pluviométricos no Estado estão acima do registrado nos últimos anos e apontam para volumes de chuvas acima da média para os meses de março, abril e maio, o que a princípio pode ser outro fato positivo para o rendimento do milho safrinha.
A produção do cereal foi estimada em 40,4 milhões de toneladas, contra previsão anterior de 39,65 milhões e 24% acima do observado no ciclo de 2020/21.
A área de milho foi estimada em 6,28 milhões de hectares, alta de 7,44% ante a temporada anterior. Em relação ao relatório de dezembro, houve um ajuste positivo de apenas 0,74%.
Segundo o Imea, este cenário segue pautado pela valorização no preço do milho e a elevada demanda do cereal, além do bom desenvolvimento da semeadura no Estado, que já contou com 41,90% das áreas plantadas até a última sexta-feira.