A consultoria Safras & Mercado publicou relatório hoje (25) avaliando que as exportações de soja do Brasil totalizarão 80,5 milhões de toneladas em 2022, com um corte de 5 milhões de toneladas ante a estimativa de janeiro.
A redução na oferta em função da quebra de safra pressionou a exportação de soja do Brasil, maior exportador global da oleaginosa, que no ano passado embarcou um recorde de 86,1 milhões de toneladas.
Por outro lado, a Safras manteve sua projeção de esmagamento de soja em 47,5 milhões de toneladas, em linha com a estimativa de janeiro. O processamento da oleaginosa ainda teria um crescimento de 2% ante 2021.
O processamento está recebendo suporte de exportações recordes de óleo de soja do Brasil para a Índia, que aumentou a demanda pelo produto depois que o conflito entre Ucrânia e Rússia afetou o fornecimento de óleo de girassol de ambos os países.
A consultoria trabalha com uma produção de farelo de soja de 36,55 milhões de toneladas, com elevação de 3%, enquanto as exportações subiriam 6% para 18,2 milhões de toneladas. O consumo interno está projetado em 18,3 milhões, alta de 2%.
A produção de óleo de soja deverá aumentar 3% para 9,65 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,7 milhão de toneladas, com ganho de 3% sobre o ano anterior.
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O relatório da consultoria informou que o consumo interno de óleo deve cair 2% para 8 milhões de toneladas, pressionado pelo menor uso para biodiesel após alteração no mandato de mistura no diesel.
O uso para biodiesel deve baixar 2% para 4,1 milhões de toneladas.
A Safras ainda indicou importações de 1 milhão de toneladas de soja em 2022, com aumento de 16% sobre o ano anterior.