A safra de soja 2021/22 de Mato Grosso, principal produtor da oleaginosa, deve alcançar o recorde de 39,19 milhões de toneladas, estimou na segunda (7) o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), reduzindo a projeção ante o dado de fevereiro após chuvas que afetaram a produtividade das lavouras.
No mês passado, o instituto ligado aos produtores rurais apontava produção de 39,47 milhões de toneladas para o grão.
À medida que a colheita se aproximou da reta final, proporcionando melhor definição dos rendimentos, a produtividade foi ajustada para 59,84 sacas por hectare, queda de 0,71% ante o relatório anterior.
“Esse movimento de queda foi pautado pela redução na projeção dos rendimentos das regiões médio-norte, centro-sul e norte, reflexo das chuvas que ocorreram em maior intensidade nestas partes do estado”, disse o Imea.
Além disso, o instituto citou problemas atípicos de tombamento de plantas e anomalias nas vagens –em especial na região médio-norte–, que prejudicaram o peso e a qualidade dos grãos até o momento, refletindo em um maior nível de grãos avariados na produção já colhida.
Entretanto, a produtividade média estimada para o Estado continua sendo a maior já vista em Mato Grosso e está 4,23% acima do observado na safra 2020/21, com destaque para o oeste, que atingiu 61,80 sacas por hectare.
Com o avanço na colheita da soja, foi observado pelo Imea um incremento nas áreas destinadas ao milho segunda safra, estimadas em 6,3 milhões de hectares, ante 6,27 milhões na projeção anterior.
“Este cenário foi influenciado pelo bom avanço da semeadura do milho no Estado em grande parte da temporada, com cerca 87,68% das áreas semeadas dentro da janela ideal, bem como as previsões de índices pluviométricos acima da média dos últimos anos para os próximos meses, o que favorece a implementação do milho”, afirmou o Imea.
“Além disso, os altos patamares de preço e a forte demanda global pelo cereal, seguem como fatores favoráveis para o aumento na área cultivada do cereal.”
Desta forma, a produção do milho segunda safra ficou em 40,56 milhões de toneladas, um acréscimo de 24,55% frente ao observado na safra 2020/21 e acima dos 40,4 milhões da projeção anterior.
Para o algodão, a expectativa do instituto foi mantida em 1,99 milhão de toneladas da pluma.
“A semeadura do algodão foi finalizada no mês de fevereiro em Mato Grosso e até o momento as perspectivas são otimistas para a safra, visto que mais de 75% das áreas foram semeadas dentro da janela ideal e são previstos bons volumes de chuva até o mês de abril, segundo o NOAA.”