Chuvas e baixas temperaturas durante o outono na Argentina favoreceriam o trigo para a safra 2022/23, cujo plantio começa em meados de maio, nas principais áreas produtoras de cereais, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires hoje (25), em seu relatório climático mensal.
A Argentina é uma grande exportadora mundial de trigo, cuja oferta global se tornou mais relevante devido ao conflito armado entre Rússia e Ucrânia, que até o início da disputa respondiam por 30% dos embarques internacionais do grão.
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Na semana passada, a bolsa estimou a área de trigo argentina para 2022/23 em 6,5 milhões de hectares, 200 mil hectares a menos que no ciclo anterior, que registrou uma colheita recorde de cereais de 21,8 milhões de toneladas.
“As condições devem ser favoráveis nas áreas de cultivo mais próximas do Atlântico e da costa fluvial, com chuvas moderadas a abundantes e boa ocorrência de frio”, disse a bolsa, referindo-se ao leste da província de Buenos Aires.
Buenos Aires é o maior distrito agrícola da Argentina e o sudeste da província é o coração do trigo do país.
No entanto, a bolsa também alertou que regiões produtoras distantes do Oceano Atlântico e do Rio Paraná podem apresentar secas, principalmente no sudoeste de Buenos Aires.