A safra de laranja 2021/22 no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro foi encerrada com colheita de 262,97 milhões de caixas de 40,8 kg, ligeira queda de 0,44% ante a estimativa publicada em fevereiro, que já considerava perdas pelo clima adverso, informou ontem o Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura).
O resultado final foi 10,61% menor do que o volume inicialmente esperado, publicado em maio de 2021, pelo impacto de seca e geadas que afetaram a principal região produtora de laranja do Brasil, maior exportador global do suco dessa fruta.
“Com essas condições, os pomares perderam produtividade, o que fez a safra recuar 2,11% em comparação à temporada anterior, configurando o segundo ano consecutivo de safra pequena”, disse o Fundecitrus.
Segundo o órgão de pesquisa, a redução drástica das chuvas e as geadas atípicas de alta intensidade em 2021 inibiram o crescimento das laranjas e contribuíram para o aumento da queda prematura de frutos, reduzindo a quantidade de laranjas que chegaram à colheita.
Como resultado da colheita menor, a produção de suco de laranja do Brasil na safra 2021/22 foi estimada em fevereiro em 820,5 mil toneladas, redução de cerca de 2% ante o ano anterior, configurando o menor patamar desde a temporada 2016/17, segundo a associação de exportadores CitrusBR.