A avaliação do milho segunda safra 2021/22 teve uma leve piora no Paraná motivada por chuvas excessivas em abril, disse o Deral (Departamento de Economia Rural) hoje (3), embora a visão para a produção média do Estado ainda seja otimista diante de melhora do clima nos últimos dias.
Segundo o órgão ligado ao governo estadual, 92% das áreas do cereal foram consideradas boas, ante 96% na semana anterior. As lavouras em situação média saíram de 4% para 7%, e 1% da safra passou a ser considerada ruim.
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Até a semana passada, nenhuma lavoura estava classificada como ruim, de acordo com os dados.
“De fato, a piora das condições reflete os temporais da região oeste e sudoeste que aconteceram mês passado”, disse o analista do Deral Edmar Gervásio.
No entanto, ele acredita que seja uma situação pontual, com impactos localizados, sem grande relevância para a média estadual de produção.
“Neste momento ainda é estimada uma produção em torno de 16 milhões de toneladas, dentro da expectativa inicialmente prevista. O clima está favorável e neste momento o desenvolvimento da cultura acontece tranquilamente.”
Caso este volume seja confirmado, configurando um recorde, a produção paranaense de milho segunda safra quase triplicaria em relação ao ciclo anterior, quando as lavouras foram atingidas por seca e geadas, e a colheita ficou em 5,7 milhoes de toneladas.
Apesar do recuo na avaliação semanal de qualidade, o cenário é bem mais favorável do que o registrado na última temporada.
No mesmo período do ano passado, somente 28% das áreas da safrinha estavam boas, e 27% eram consideradas ruins.
O Deral também informou hoje (3) que o plantio de trigo atingiu 13%, com avanço de 10 pontos percentuais na semana e 100% das áreas foram avaliadas como boas.
Os trabalhos do cereal de inverno estão adiantados em relação ao ano passado, quando marcavam semeadura de 6%.
Para a soja, cuja colheita está virtualmente encerrada, houve avanço de 1% nos trabalhos para 99%, e 72% das lavouras seguem consideradas boas, em linha com a avaliação da última semana.