Os contratos futuros de açúcar branco atingiram máxima em 5 anos e meio na ICE hoje (6), com comerciantes preocupados que as exportações indianas possam não atingir o limite de 10 milhões de toneladas para esta temporada, enquanto os preços do açúcar bruto também subiram.
Açúcar
O açúcar branco para agosto subiu US$ 15,90 (R$ 76,05), ou 2,8%, a US$ 594,00 (R$ 2,84 mil) a tonelada, tendo tocado a máxima desde outubro de 2016 a US$ 599,60 (R$ 2,86 mil).
“Os primeiros indícios são de que o novo sistema (indiano) de aquisição de ‘permissão para exportar’ (açúcar) é lento e oneroso. Como consequência, achamos que as exportações podem não atingir os 10 milhões de toneladas permitidos”, disse a corretora Marex Spectron.
O açúcar bruto para julho ganhou 0,27 centavo de dólar, ou 1,4%, a 19,56 centavos de dólar por libra-peso.
Um possível corte nos impostos sobre a gasolina no Brasil deve limitar os ganhos do açúcar bruto.
Café
O café arábica para julho avançou 5,15 centavos de dólar, ou 2,2%, a 2,3755 dólares por libra-peso, após tocar a máxima desde fevereiro a US$ 2,42 (R$ 11,57) na quinta-feira (2).
Operadores disseram que o mercado continua bem apoiado por oferta apertada e baixos estoques certificados pela ICE que estão perto da marca de 1 milhão de sacas.
A Fitch Solutions disse hoje (6) que espera que o Brasil produza 60 milhões de sacas de 60 kg de café este ano, 6,2% a mais que em 2021. A Fitch trabalha com uma estimativa de safra de 55,22 milhões de sacas para o próximo ano.
O café robusta para julho caiu US$ 3 (R$ 14,3), ou 0,1%, a US$ 2,1 mil (R$ 10 mil) a tonelada.