A estimativa da área de plantio de trigo da Argentina em 22/23 pode ser cortada pela terceira vez se a seca persistir em grande parte das regiões produtoras, disse a BdeC (Bolsa de Cereais de Buenos Aires) hoje (16), acrescentando que as chances são pequenas para chuva forte.
A Argentina é uma importante exportadora mundial de trigo e líder em óleo e farelo de soja. Seu papel como fornecedora de grãos cresceu durante as hostilidades entre a Rússia e a Ucrânia, normalmente os maiores exportadores de trigo do mundo.
No entanto, as condições difíceis para o plantio e os altos preços dos fertilizantes estão prejudicando a capacidade do país sul-americano de aumentar a produção de trigo.
A área plantada com o cereal da Argentina é atualmente vista em 6,4 milhões de hectares pela bolsa, de sua previsão inicial de 6,6 milhões de hectares há cerca de um mês.
“Se o cenário de seca não for revertido no curto prazo, pode resultar em um novo ajuste de nossa projeção de área”, disse a bolsa em seu relatório semanal de grãos, acrescentando que o prazo para a semeadura nas áreas agrícolas do oeste e centro-norte do país está perto de seu fim.
A falta de chuva dificulta ou impede a semeadura do cereal. Até quarta-feira, os produtores argentinos plantaram 47,4% da área estimada, 10 pontos percentuais abaixo da taxa registrada há um ano, informou a bolsa.