Recentemente no Kansas, Estados Unidos, milhares de animais morreram devido ao calor. Foi uma cena impactante pelo volume de animais que sofreram com o estresse térmico. A notícia é de 10 mil animais. Esse caso evidencia um dos cinco domínios do bem-estar animal: o ambiente.
O estresse térmico não acontece por um único fator, mas por um conjunto de elemento que levaram a essa tragédia. A noite não foi fria o suficiente para resfriar os animais. A dieta que era fornecida era altamente energética. Eram bovinos de raças pouco adaptadas ao clima quente. Estavam em um ambiente sem sombra. A soma de todos esses fatores levaram ao estresse térmico.
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No Brasil, temos um sistema de produção mais adaptado, com a grande maioria dos animais criados a pasto e raças adaptadas ao clima quente. Mas nem por isso devemos deixar de estar atentos ao bem-estar dos animais. Especificamente para os bovinos, devemos investir no sombreamento das pastagens ou em sistemas de integração entre pecuária e floresta, favorecendo um ambiente milho. Também é necessária a atenção ao tipo de raça para aquela região. A importância é a mesma para as questões do inverno, como o aquecimento para aves e suínos, por exemplo.
Praticar o bem-estar animal é ter atenção e respeito ao outros. E o ambiente em que se vive deve ser constantemente monitorado.
Carmen Perez é pecuarista e entusiasta das práticas do bem-estar animal na produção animal. Há 14 anos, trabalha intensivamente a pesquisa na fazenda Orvalho das Flores, no centro-oeste do Brasil, juntamente com o Grupo Etco, da Unesp de Jaboticabal e universidades internacionais. Foi presidente do Núcleo Feminino do Agronegócio (NFA) em 2017/2018.
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