A colheita de milho segunda safra 2021/22 alcançou 53,42% da área no Brasil, avanço de 9,12 pontos na semana, com trabalhos adiantados em relação a anos anteriores, mas que podem reduzir o ritmo diante do baixo incentivo de preços, disse a consultoria Pátria AgroNegócios hoje (15).
No mesmo período do ciclo anterior, quando o país foi atingido por forte seca e geadas, apenas 32,67% das áreas estavam colhidas. A média histórica é de 45,24%.
O desempenho desta temporada vem na esteira de um plantio mais rápido da história em algumas regiões, após a retirada da soja de verão dentro do calendário ideal para o cereal.
O andamento da colheita, no entanto, tem chance de mudar a depender do comportamento dos preços.
“A Pátria tem recebido relatos de redução do interesse em acelerar com a colheita no atual momento pelas quedas nos preços do milho disponível no país”, afirmou em relatório.
“Produtores estão optando por reduzir o ritmo de trabalho de campo a fim de reduzir a umidade do grão em campo diante da falta de incentivos de preços – o movimento será monitorado nos próximos dias”, acrescentou.
A Pátria ainda destacou que os trabalhos de campo do milho no Brasil tiveram uma semana mediana, com Mato Grosso seguindo na liderança da colheita, porém já em reta final.
Dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) divulgados hoje (15) indicam que a colheita do principal Estado produtor atingiu 85,3% das áreas, avanço de 10,88 pontos percentuais na variação semanal.
Um ano antes, os trabalhos estavam em 51,94% e a média histórica para esta época do ano é de 68,28%, conforme relatório do instituto ligado a produtores.
As regiões noroeste e médio-norte de Mato Grosso estão com a colheita mais acelerada, em 92,93% e 93,66%, respectivamente.
Em contrapartida, o ritmo mais lento é visto na região sudeste do Estado, que ainda figura com 64,9% das áreas colhidas.