A gigante de alimentos sul-coreana SPC Group planeja expandir suas atividades para a Malásia, para ter uma fatia do mercado global de alimentos halal, avaliado em US$ 2 trilhões (R$ 10,8 trilhões na cotação atual).
O SPC Group informou que planeja investir cerca de US$ 30 milhões (R$ 162,2 milhões) para construir uma fábrica com certificação halal em Johor, um estado da Malásia na fronteira com Cingapura. A imprensa sul-coreana informou que a localização, com um porto marítimo, dará à fábrica um canal para enviar mercadorias para todo o Sudeste Asiático e para o Oriente Médio.
O acordo é liderado por Hur Jin-soo, filho mais velho do presidente do SPC Group, Hur Young-in, conhecido como o “Rei das Franquias” na Coreia do Sul. Jin-soo foi nomeado presidente da Paris Croissant, uma subsidiária do SPC Group que administra a marca de franquias de padarias Paris Baguette, em dezembro.
O SPC Group também administra 1.800 lojas Dunkin’ Donuts e sorveterias Baskin Robbins, bem como Pascucci (café italiano), The World Vine (vinho), Jamba Juice (smoothies) e a hamburgueria nova-iorquina Shake Shack na Coréia.
A fábrica de Johor fará 100 tipos de pães, bolos e molhos – todos preparados de acordo com a lei islâmica. A construção está programada para ser concluída em junho do próximo ano. O SPC Group também estabeleceu uma joint venture com a Berjaya Food da Malásia, que opera as cafeterias Starbucks e as lojas de conveniência 7-Eleven na Malásia.
“O hub Halal tem sido uma estratégia importante no setor de alimentos da Malásia”, diz Alizan Mahadi, diretor sênior de pesquisa do instituto de estudos estratégicos e internacionais da Malásia, com sede em Kuala Lumpur. “A Malásia tem alguns dos melhores padrões de certificação halal e, portanto, é [reconhecida] no mundo muçulmano.”
Autoridades em Kuala Lumpur trabalham para padronizar alimentos halal desde 1974, quando o braço de pesquisa do gabinete do primeiro-ministro começou a emitir cartas de certificação halal. O país do Sudeste Asiático lançou seus primeiros padrões halal em 2000, à frente de outras nações muçulmanas. Os padrões elevaram uma “indústria caseira” a uma “nova economia vibrante” com um valor de mercado estimado em US$ 2,3 trilhões (R$ 12,44 milhões), diz o Centro de Turismo Islâmico do governo da Malásia.
* Ralph Jennings é colaborador da Forbes EUA, repórter especializado nas tendências de tecnologia na China e também cobre assuntos ligados à Ásia
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