Os preços ao produtor da Alemanha subiram no ritmo mais rápido já registrado em julho, ressaltando as perspectivas sombrias para a maior economia da Europa, que está presa num ambiente de custos crescentes e crescimento vacilante da atividade devido à guerra na Ucrânia.
Os preços ao produtor –um indicador importante para a inflação– dispararam 37,2% na comparação anual, o maior aumento desde que os registros começaram, em 1949, disse o Escritório Federal de Estatísticas nesta sexta-feira. A alta mensal, de 5,3%, também foi a maior já registrada.
“As perspectivas para o desenvolvimento (da economia) são no momento visivelmente sombrias”, disse o Ministério das Finanças em seu relatório mensal de agosto, publicado nesta sexta-feira, acrescentando que há “um alto grau de incerteza”.
Os aumentos recordes nos preços ao produtor foram impulsionados principalmente pela disparada dos custos da energia, que como um todo avançaram 105% na comparação com o mesmo mês do ano passado, disse o Escritório.
A economia alemã estagnou no segundo trimestre, com a guerra na Ucrânia, o aumento dos preços de energia, a pandemia de Covid-19 as interrupções no fornecimento deixando o país à beira de uma contração.
“Os fornecimentos de gás significativamente mais baixos da Rússia, os aumentos persistentemente acentuados dos preços da energia e, cada vez mais, de outros bens, bem como as interrupções na cadeia de fornecimento mais longas do que o esperado, também relacionadas à política de Covid zero da China, estão pesando muito sobre o desenvolvimento da economia”, disse o Ministério das Finanças.