As importações de soja pela China caíram 9,1% em julho em relação ao ano anterior, mostraram dados alfandegários divulgados ontem (7), com margens de moagem baixas e o consumo mais fraco no maior comprador mundial da oleaginosa reduzindo o apetite por embarques.
A China trouxe 7,88 milhões de toneladas da oleaginosa em julho, contra 8,67 milhões de toneladas um ano antes, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas. As importações caíram 4,5% em relação ao mês anterior.
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Os preços da soja subiram este ano depois que o mau tempo prejudicou a produção e as exportações do Brasil, principal fornecedor da China.
A demanda da China também está mais fraca do que há um ano, já que cidades como Shenzhen, Xangai e Wuhan enfrentaram testes em massa, lockdowns direcionados ou restrições para conter a propagação da Covid-19.
Já as margens de esmagamento da soja na China estão negativas desde meados de abril, com os trituradores no principal centro de processamento de Rizhao perdendo 644 iuanes (95,26 dólares) para cada tonelada de soja processada em 5 de agosto.
Os suinocultores também tiveram margens negativas nos primeiros cinco meses do ano, com a demanda por carne suína contraída devido a repetidos surtos de Covid.
De janeiro a julho de 2022, a China trouxe 54,17 milhões de toneladas da oleaginosa, uma queda de 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado, mostraram os dados alfandegários.