A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) acredita que as novas especificações do biodiesel em estudo pela reguladora ANP vão aprimorar a qualidade do biocombustível, disse a entidade em nota nesta quarta-feira.
As mudanças em análise pela ANP visam à solução de problemas como oxidação e degradação do biodiesel, decantação de material no fundo de tanques, entupimento de filtros e congelamento durante o inverno, principalmente no Sul do país.
Para a associação, a proposta da agência não busca restringir a diversificação de matérias-primas para a fabricação do biocombustível, “medida que seria extremamente ruim para a bioenergia e a segurança energética”.
“Gorduras, óleo de palma e outros resíduos podem ser utilizados como fonte de biodiesel de qualidade, além de reforçar a sustentabilidade pela transformação das matérias-primas em bioenergia limpa e contribuir com a geração de empregos”, disse em nota.
Reportagem publicada pela Reuters na véspera mostrou que duas das mudanças em análise pela reguladora podem exigir a redução de quantidades de determinadas matérias-primas, como sebo animal e óleo de palma, na produção do biocombustível.
Em consequência, isso poderia elevar a participação da soja na composição do produto em determinadas plantas produtivas, principalmente as oriundas de frigoríficos.