A Comissão Europeia cortou hoje (30) sua previsão para a colheita de milho deste ano na União Europeia para 55,5 milhões de toneladas, de 59,3 milhões estimados no final de agosto, juntando-se a outros analistas na expectativa de uma mínima de 15 anos para a produção afetada pela seca.
O decréscimo de 6,4% marcou a terceira redução acentuada consecutiva da previsão mensal da comissão para a colheita de milho.
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Uma seca histórica atingiu as plantações de milho na Europa neste verão do hemisfério Norte, agravada pelas ondas de calor.
A comissão não se referiu às condições meteorológicas, mas disse que as perspectivas reduzidas para o milho refletem principalmente projeções mais baixas de área ou rendimento para a Bulgária, Alemanha, Croácia, Hungria, Romênia e Eslováquia.
O executivo da UE elevou sua previsão de importações de milho pelo bloco na temporada 2022/23, para 21 milhões de toneladas, contra 20 milhões estimados há um mês, e reduziu as perspectivas de exportações da UE para 3,5 milhões, versus 4 milhões de toneladas no levantamento anterior.
A comissão reduziu a expectativa de uso de milho para alimentação animal na UE em 4,2 milhões de toneladas, a 60,5 milhões.
Em contrapartida, a comissão elevou sua previsão de produção útil da UE para o trigo soft em 2022/23 a 127 milhões de toneladas, ante 126 milhões de toneladas projetadas há um mês. Ela ainda aumentou a produção estimada para cevada a 51,5 milhões de toneladas, de 50,4 milhões.
Parte da demanda de milho para ração foi transferida para trigo soft, que agora deve fornecer 40 milhões de toneladas à ração, cerca de 2,7 milhões a mais do que o previsto no mês passado.
Ao mesmo tempo, a comissão revisou para baixo o uso total de cereais na alimentação para refletir a menor produção esperada de carne suína, aves e leite.
As exportações projetadas de trigo soft em 2022/23 foram mantidas inalteradas em 36 milhões de toneladas.