O movimento altista nos preços do etanol hidratado no Estado de São Paulo perdeu força na última semana, segundo o Indicador Cepea/Esalq, enquanto o do anidro (adicionado à gasolina) se manteve persistente, com poucos volumes comercializados.
O hidratado fechou a semana a R$ 2,7211 o litro (sem ICMS e PIS/Cofins), avanço de 0,04% ante a anterior, com poucos negócios fechados por distribuidoras, que continuam recorrendo aos estoques.
Leia mais: “Sua vida acabou”, ouviu a mulher que faz o agro economizar US$ 40 bi
Já o anidro ficou 2,1% mais caro na comparação semanal, encerrando a R$ 3,1056 o litro. O suporte também veio da postura firme do vendedor, em meio a um cenário de chuvas em parte das regiões produtoras e de incertezas relacionadas à chegada do final da safra e às eleições presidenciais, cujo segundo turno acontece no próximo domingo.
Em análise, o Cepea afirmou hoje (24) que em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, o valor do anidro foi 9,3% maior que o do hidratado em São Paulo na última semana.
Com 27% da composição na gasolina, o anidro vem contribuindo para a alta do combustível nas bombas e tende a manter esse protagonismo nas próximas semanas, segundo especialistas ouvidos pela Reuters.
Na segunda e terceira semanas de outubro, os preços da gasolina comum nos postos do Brasil subiram 1,5% e 0,4%, respectivamente, segundo levantamento da reguladora ANP, interrompendo uma sequência de reduções desde junho..
Segundo o Cepea, entre os Estados produtores a relação entre os preços do etanol hidratado e da gasolina ficou abaixo de 70% somente em Goiás (69,6%) e Mato Grosso (63,9%) na última semana (dados da ANP), ficando acima em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Para motoristas, é mais vantajoso abastecer com etanol hidratado quando o preço está abaixo da proporção de 70% em relação à gasolina.